O Departamento Nacional de Infraestrutura e Transportes (DNIT) no Acre iniciou nesta segunda feira, 15, a recuperação de pontos críticos da BR-364, entre Sena Madureira e Feijó, que foram danificados pelas chuvas. Em um deles, próximo ao Rio Jurupari, um grande atoleiro estava se formando, tornando o tráfego lento na localidade.
O serviço é o início dos trabalhos de 2021 na rodovia federal e é feito com recursos da ordem de R$ 50 milhões que o DNIT recebeu nessa segunda, 15, do governo federal, por meio de crédito extraordinário de Medida Provisória, no valor de R$ 270 milhões para todo Brasil para atender situações emergenciais causadas pelas chuvas.
O superintendente do DNIT no Acre, Carlos Moraes, explica que o recurso garante aporte para o começo do trabalho nos 1.177 quilômetros das BRs 364, 317 e 307. “Com isso temos dinheiro em caixa já para começarmos a trabalhar. Só dependemos da chuva reduzir um pouco para intensificarmos os serviços em todo o Estado. Na medida do possível já estamos iniciando operações tapa buracos em toda a malha, que será intensificado em abril”, informou.
Outros R$ 100 milhões são esperados da União, por meio do Orçamento Geral, para trabalhos de manutenção como remendo profundo, tapa-buracos, desobstrução de dispositivos de drenagem e reparo de erosões. “Os R$ 50 milhões são de um crédito extra. Adicional a isso teremos o nosso orçamento normal, com previsão de R$ 100 milhões, que está sendo votado no congresso, e ainda podemos ter emendas parlamentares ou aportes por parte do Relator do Orçamento, o Senador Márcio Bittar”, explicou.
Além das BRs 317 e 307, a BR-364 em grandes problemas a espera de soluções, que foram ampliados pelas fortes chuvas na região desde o ano passado.
No dia 27 de dezembro do ano passado, a barragem de um grande açude rompeu devido às fortes chuvas, na localidade Maracanãzinho entre Cruzeiro do Sul e Tarauacá, partindo a estrada. Segundo o superintendente, Carlos Moraes, muitos açudes com grandes barragens foram feitos ao longo da BR agravando ainda mais os problemas de erosão da estrada.
No dia 17 de fevereiro deste ano, o Igarapé Cajazeira, represado pelo Rio Caeté, transbordou entre Sena Madureira e Manoel Urbano, passando cerca de um metro em cima da rodovia, interrompendo o tráfego por quase uma semana. A solução definitiva seria a elevação do pavimento no trecho.
Nas duas situações a solução encontrada pelo DNIT foi paliativa. Carlos Moraes diz que para resolver definitivamente o problema estruturante e de drenagem da BR-364 entre Rio Branco e Cruzeiro do Sul seria necessário R$ 1 bilhão. Para a manutenção, com serviços de tapa-buracos, remendo profundo e desobstrução de dispositivos de drenagem, o valor é de R$ 100 milhões.
Em 2019, o DNIT dispunha de R$ 123 milhões, sendo R$ 73 milhões do Ministério da Infraestrutura e R$ 50 milhões da bancada federal acreana para atuar nas BRs 364, 317 e 307. Em 2020 foram 101 milhões exclusivamente do Ministério, sem dinheiro garantido pelos políticos acreanos para as duas rodovias.