Desemprego da pandemia atinge mais jovens, negros e região Nordeste

Foto : Roberto Parizotti / Fotos Publicas

O desemprego recorde provocado pela pandemia do novo coronavírus teve efeitos mais devastadores sobre os mais jovens, os negros e a região Nordeste, segundo dados divulgados ontem (10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).


Em 2020, a taxa de desemprego no país bateu 13,5%, o maior valor desde o início da série histórica da pesquisa no formato atual, em 2012. Houve recorde de desemprego em 10 estados e no Distrito Federal, com os menores índices registrados nos estados da Bahia (19,8%), Alagoas (18,6%), Sergipe (18,4%) e Rio de Janeiro (17,4%). Na região Nordeste, a taxa média chegou a 16,7%.


Em média, a taxa de desocupação cresceu 1,62% em relação ao ano anterior, mas entre pessoas pretas e pardas a alta foi maior, de 2,6 e 1,75 pontos porcentuais, respectivamente.


Em todo o ano, a taxa de desemprego entre as pessoas que se autodeclaravam pretas, de 17,3%, era 58,7% superior à daquelas que se autodeclaravam brancas (10,9%).


Entre a população com faixa etária entre 18 e 24 anos, a alta em relação a 2019 foi de 2,85 pontos percentuais. Em 2020, 29,5% dessa parcela estavam desempregados, mais que o dobro da média nacional.


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