Pelo menos 20 policiais militares morreram em decorrência da covid-19 durante os 11 meses da pandemia no Acre. A maioria das vítimas fatais pertence ao quadro de inativos, aqueles que estão na reserva remunerada.
Segundo o presidente da Associação dos Militares do Acre, Kalyl Moraes, nas últimas semanas, no momento em que circulam informações sobre a existência de uma nova cepa da covid-19, mais letal, agressiva e contagiosa, cinco policiais morreram vítima do vírus.
“Infelizmente estamos tendo um alto número entre os militares inativos, aqueles que estão na reserva remunerada, mas temos também dois militares que perderam a esposa.”
Kalyl Morais afirma que a única forma de conter o avanço das mortes e contaminação entre os militares é antecipar a campanha de vacinação e priorizar a corporação.
Ele lembra que pela natureza do serviço dos PMs não é possível atuar via home office e que os policiais estão na rua diariamente no trabalho ostensivo de segurança e também cumprindo as ações do Estado no combate à covid-19.
“Até mesmo os presidiários estão na frente dos servidores da segurança na questão de prioridade para vacinação.
É preponderante que nós estejamos incluídos no rol de grupos prioritários para a vacina, pois estamos chegando a um ano de pandemia e nesse período todo, além do pessoal da saúde, a PM é quem mais tem estado no confronto contra a pandemia. A gente não tem como atender home office, a gente não tem como fechar quartel, a gente não tem como deixar de fazer o policiamento ostensivo. E os militares estão expostos a essas mazelas. Temos muitos militares contaminados, alguns que estão ou no início ou no final da contaminação, fora os que estão em meio ao processo ainda, que são de 10 a 18 dias afastado, além daqueles que ficam com alguma sequela.”