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Covid-19 faz papa cortar salários de cardeais e clérigos

O Papa Francisco gesticula ao proferir a oração do Angelus de sua janela no dia do lançamento de sua nova encíclica, intitulada "Fratelli Tutti" (Irmãos Todos), na Praça de São Pedro no Vaticano, 4 de outubro de 2020. REUTERS / Remo Casilli

Redução será entre 3% e 8%. Aumentos estão suspensos até 2023


O papa Francisco determinou que os cardeais tenham um corte de 10% em seus salários e reduziu o salário de outros clérigos que trabalham no Vaticano para salvar o emprego dos funcionários, uma vez que a pandemia do coronavírus tem afetado a renda da Santa Sé.


O Vaticano disse nesta quarta-feira (24) que Francisco emitiu um decreto incluindo cortes proporcionais a partir de 1º de abril.


Um porta-voz afirmou que os funcionários de nível inferior não seriam afetados pelos cortes. Francisco sempre insistiu que não deseja demitir pessoas.


Acredita-se que os cardeais que trabalham no Vaticano e lá vivem, ou em Roma, recebem salários de cerca de 4 mil a 5 mil euros por mês, e muitos deles moram em grandes apartamentos com aluguéis bem abaixo dos valores de mercado.


Aumentos suspensos até 2023


Outros chefes do departamento, principalmente clérigos, verão seus salários reduzirem entre 3% e 8%.


Os aumentos salariais programados serão suspensos até março de 2023. As condições também se aplicarão a funcionários de alto escalão de outras basílicas papais, além da Basílica de São Pedro, no Vaticano.


A Santa Sé, órgão http://ecosdanoticia.net/wp-content/uploads/2023/02/carros-e1528290640439-1.jpgistrativo central da Igreja Católica em todo o mundo, pode ter que usar 40 milhões de euros em reservas pelo segundo ano consecutivo, enquanto a pandemia da covid-19 queima suas finanças, disse o principal funcionário econômico do Vaticano no início deste mês.


O órgão espera um déficit de cerca de 50 milhões de euros neste ano. A pandemia forçou os museus do Vaticano, tradicionais fontes de renda, a fecharem durante grande parte dos últimos 15 meses.


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