Um policial penal tomou um baita susto ao se deparar com uma serpente da espécie cobra-coral, durante seu plantão noturno, no presídio Evaristo de Moraes, em Sena Madureira. Pela madrugada, o policial fazia ronda nas dependências da unidade quando visualizou a cobra bem próximo pronta para dar o bote.
Após se esquivar, o policial se abrigou e matou a serpente que, segundo consta, é comparada a uma naja. “Essa não assusta mais ninguém”, disse.
De acordo com o policial, foi praticamente obrigado a matar a peçonhenta, porque a mesma começou a se encaminhar para o esconderijo e não havia tempo para acionar o corpo de bombeiros para capturá-la. “Como era pela madrugada, ficou mais difícil ainda chamar os homens da captura”, completou.
ESPÉCIE É VENENOSA E PODE CAUSAR A MORTE
Em rápida pesquisa, verifica-se que se trata de uma espécie muito perigosa. Elas apresentam uma peçonha de baixo peso molecular que se espalha pelo organismo da vítima de forma muito rápida. A coral necessita ficar “grudada” para inocular a peçonha pelas pequenas presas.
A cobra-coral é tão peçonhenta quanto uma naja. A sua peçonha é neurotóxica, ou seja, atinge o sistema nervoso, causando dormência na área da picada, problemas respiratórios (sobretudo no diafragma) e caimento das pálpebras, podendo levar uma pessoa adulta ao óbito em poucas horas.
O tratamento é feito com o soro antielapídico.
As corais são noturnas e vivem sob folhas, galhos, pedras, buracos ou dentro de troncos em decomposição.