O nível do Rio Purus continua subindo e está com um metro acima da cota de transbordo, que é de 9 metros. Segundo dados do Corpo de Bombeiros, o manancial marcou 10 metros na medição das 6h desta quinta-feira (25) e já desabriga 120 pessoas.
Os dados apontam que mais de 1,9 mil pessoas estão atingidas pela nova enchente e 17 famílias com 70 pessoas estão desalojadas, ou seja, tiveram que ser removidas e levadas para casa de parentes.
Essa é a segunda vez que o rio transborda na cidade este ano e atinge os moradores. Santa Rosa do Purus tem uma população formada, praticamente, por indígenas. Em fevereiro, a cidade foi afetada por uma alagação histórica que chegou a desabrigar mais de 300 indígenas.
Ainda segundo os dados repassados pelos bombeiros, estão atingidos pelas águas o Centro da cidade, além de comunidades ribeirinhas e aldeias indígenas.
Conforme a prefeitura, as famílias desabrigadas estão sendo levadas para duas escolas da cidade que funcionam como abrigos, entre elas a Escola Padre Paulino e a Escola Dr. Celso.
Calamidade pública
No dia 22 de fevereiro, o governador Gladson Cameli decretou calamidade pública em dez cidades do Acre. No mesmo dia, o Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR) reconheceu, em edição extra do Diário Oficial da União (DOU), o estado de calamidade nos municípios de Rio Branco, Sena Madureira, Santa Rosa do Purus, Feijó, Tarauacá, Jordão, Cruzeiro do Sul, Porto Walter, Mâncio Lima e Rodrigues Alves. Mais de 130 mil pessoas foram atingidas pelas enchentes nas dez cidades.
Beneficiários do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) das 10 cidades do Acre que foram atingidas pela cheia no mês de fevereiro terão os pagamentos antecipados a partir deste mês, decidiu o órgão previdenciário em portaria publicada no Diário Oficial da União (DOU) no dia 19 de março.