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Campanha ‘SOS Acre’ arrecada mais de R$ 1,1 milhão em doações para afetadas pelas enchentes

Foto: Arquivo/MP-AC

Em menos de duas semanas desde que foi lançada e ecoando por todo país o pedido de apoio humanitário, a Campanha “SOS Acre” arrecadou mais de R$ 1,1 milhão em doações para a população afetada pelas cheias dos rios no estado, até quinta-feira (4). A inciativa, do Ministério Público do Acre (MP-AC) e parceiros, mobilizou doações de mais de 5,8 mil apoiadores de todo Brasil.


Conforme balanço divulgado do MP, 14.250 pessoas afetadas pelas cheias dos rios, já receberam ajuda por meio da campanha. Ao todo foram arrecadados R$ 1.198.260,68 doados por 5.806 apoiadores.


A campanha foi lançada pelo MP-AC no último dia 19, quando os rios de pelo menos 10 cidades acreanas começaram a transbordar em razão das fortes chuvas e chegaram a afetar mais de 130 mil de pessoas.


O Acre enfrenta uma situação de emergência pública diante da alta no número de casos de Covid-19, do surto de dengue e da crise migratória na fronteira e ainda a cheia dos rios, que nos últimos dias começou a dar trégua, mas ainda desabriga famílias. Esses eventos vêm afetando milhares de pessoas no estado, que está diante de um dos momentos mais críticos de sua história.


Além das doações aos atingidos pelas enchentes, a campanha também tem levado ajuda humanitária a haitianos e venezuelanos que sofrem com a crise migratória na fronteira com o Peru. Ao menos 60 imigrantes estão acampados na Ponte de Integração, que liga Assis Brasil ao Peru, desde o último dia 14 na tentativa de sair do Brasil e seguir viagem.


Do total recebido em doações, mais de R$ 700 mil foram investidos, segundo o MP, na entrega de donativos contendo itens de primeira necessidade, como alimentos, água potável, kits de limpeza e higiene pessoal, colchões, fraldas e kits de prevenção à Covid-19. Sobrando mais de R$ 470 mil que ainda deve resultar em mais entregas para a população desabrigada pelas alagações e imigrantes na fronteira.


A campanha “SOS Acre” tem como parceiros o Tribunal de Justiça do Estado do Acre (TJ-AC) e apoiadores como empresários, artistas, entidades representativas do MP, da magistratura, MPs e sociedade civil, além de associações nacionais e instituições federais, entre outros.


Cheia dos rios

Nos últimos dias, os níveis dos rios começaram a baixar nas cidades atingidas pela cheia, mas em Cruzeiro do Sul e Sena Madureira os mananciais ainda estão acima da cota de alerta. Mesmo com a vazante (diminuição no nível das águas), ainda há muitas famílias desabrigadas e desalojadas no estado.


Em números atualizados, o Corpo de Bombeiros estima que mais de 127 mil pessoas estejam sofrendo os efeitos das enchentes. Mas o Acre chegou a ter 130 mil pessoas atingidas de alguma forma na capital e no interior. A Defesa Civil considera atingidas pela cheia casas aonde a água chegou, desabrigando ou não os moradores.


Calamidade pública

O Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR) reconheceu, no último dia 22, em edição extra do Diário Oficial da União (DOU), estado de calamidade pública em dez cidades do Acre atingidas por inundações.


Os municípios de Rio Branco, Sena Madureira, Santa Rosa do Purus, Feijó, Tarauacá, Jordão, Cruzeiro do Sul, Porto Walter, Mâncio Lima e Rodrigues Alves enfrentaram dificuldades, com parte da população desabrigada (encaminhada a abrigos) e desalojada (levada para casa de parentes).


O governador do Acre, Gladson Cameli, havia decretado calamidade em uma edição extra do Diário Oficial do estado (DOE) também no dia 22. A cheia é considerada histórica.


Pandemia, surto de dengue e crise migratória

O boletim da Secretaria de Saúde do Acre trouxe a confirmação de mais 10 mortes pela Covid-19 nessa sexta-feira (5). Com isso, o total de óbitos no estado é de 1.047. Mais 616 novos casos de infecção pelo novo coronavírus também foram registrados, fazendo como que o número saltasse de 58.884 para 59.500 em 24 horas.


O Acre registrou mais de 7,5 mil casos suspeitos de dengue e outros 1.683 já confirmados da doença. As cidades com mais casos suspeitos são: Rio Branco, com 3.276 casos (43,6% do total); Tarauacá com 1.986; e Cruzeiro do Sul, com 396 (18% do total). A capital acreana já declarou situação de emergência devido ao aumento no casos de dengue.


Também no mês de fevereiro, agravou-se a crise dos imigrantes retidos desde o ano passado na fronteira do Acre com o Peru, quando o país vizinho decidiu fechar as fronteiras e impedir a passagem deles de volta. Os imigrantes já estavam sendo atendidos pela prefeitura de Assis Brasil, mas no último dia 14 de fevereiro se rebelaram e ocuparam a ponte da cidade.


Pelo menos 60 imigrantes que fazem rota reversa pelo Acre e tentam entrar no Peru e continuam a acampados na Ponte da Integração, mais de 20 dias depois de ocuparem o local. Ao todo a cidade tem mais de 250 imigrantes – esse número já chegou a mais de 600.


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