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Bando rouba mulher e filha de líder do PCC preso e cai no tribunal do crime

A mulher de um líder do PCC foi assaltada na rodovia Ayrton Senna quando voltava do aeroporto internacional de Guarulhos


A mulher de um líder do PCC (Primeiro Comando da Capital) foi assaltada na rodovia Ayrton Senna quando voltava do aeroporto internacional de Guarulhos, na Grande São Paulo.


Os ladrões foram descobertos e obrigados a devolver todos os bens roubados. Depois acabaram amarrados e julgados pelo “tribunal do crime” da facção. Há suspeita de que estejam mortos.


O roubo aconteceu neste ano. Segundo fontes policiais, a mulher tinha ido com a filha para Brasília, onde visitou o marido na Penitenciária Federal. O preso é da alta cúpula do PCC.


Mãe e filha tinham deixado o carro em um estacionamento no aeroporto e, quando retornavam para São Paulo, um grupo de quatro a cinco ladrões jogou um pedregulho no veículo em um trecho da rodovia. A motorista parou para ver o que havia acontecido. Era a “gangue da pedra” atacando.


Os ladrões se aproximaram correndo e anunciaram o assalto. Fontes policiais disseram que a mulher do preso se apresentou para os criminosos e contou para eles quem era o marido dela. Os assaltantes não acreditaram na versão e começaram a rir e debochar.


Ainda segundo fontes policiais, um dos criminosos chegou a dar tapas no rosto da filha do líder do PCC. Os assaltantes fugiram levando a bolsa Louis Vuitton da mulher do preso, além de outros pertences, do veículo e de objetos da filha.


As mesmas fontes contaram que a polícia não recebeu comunicação sobre o roubo e que nenhum boletim de ocorrência foi registrado. Porém, a liderança do PCC nas ruas em São Paulo soube do episódio e, em poucos minutos, reuniu um grupo de faccionados.


Os “soldados” do PCC fizeram “diligências” em locais às margens da rodovia, principalmente em regiões onde essas gangues costumam agir. Eles não levaram muito tempo para encontrar os ladrões.


A gangue da pedra foi levada para um esconderijo e amarrada. Os assaltantes acabaram “interrogados” pelos integrantes do “tribunal do crime” da facção criminosa. Os “soldados” da organização queriam saber onde estavam o veículo e os demais bens roubados das vítimas.


Durante o “interrogatório”, não houve acareação. Os assaltantes da família do líder do PCC receberam tratamento similar ao dispensado aos presos políticos e comuns torturados por policiais em delegacias e porões para confessar na época da ditadura militar.


Os ladrões admitiram a autoria do roubo e revelaram onde estavam os pertences das vítimas. Tudo foi recuperado. Fontes policiais acrescentaram que os assaltantes foram julgados pelo “tribunal do crime” e tiveram a morte decretada.


As fontes afirmam que, em casos como esse, de pessoas julgadas e condenadas à morte a mando da facção criminosa, dificilmente os corpos são encontrados.


Foi o que aconteceu no mês passado com Nadim Georges Hanna Awad Neto, 42, o Naldinho, um dos principais integrantes do PCC que estava em liberdade. Ele também foi julgado pelo “tribunal do crime” da facção e continua desaparecido, conforme divulgou o UOL no último dia 5.


O serviço de inteligência das forças de segurança em São Paulo interceptou um “salve” (recado) de integrantes do PCC justificando o assassinato de Naldinho.


O “salve” informa que ele foi cobrado à altura porque estava traindo o PCC com a Rota (Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar), a unidade de elite da Polícia Militar.


O Ministério Público Estadual diz que o “salve” é real, mas nega que Naldinho fosse informante da Rota. Policiais civis dizem que ele pode ter sido morto por causa do desvio de dinheiro da organização.


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