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Atendimento do Navio Hospital começa na próxima segunda feira: sem serviços voltados à Covid-19

Foto: Eliel Mesquita/Secom

“Estamos aqui pela 21ª vez. É uma grata satisfação para nossa tripulação chegar a Cruzeiro do Sul, após 22 dias de navegação, com uma equipe de 22 profissionais de saúde, que está empenhada em cumprir esta missão”. Essas foram as palavras de Fábio Laprovita, comandante do Navio-Hospital Dr. Montenegro, ao se referir ao pedido do governador Gladson Cameli para que, mais uma vez, o grupo viesse ao Juruá para levar assistência médica a populações ribeirinhas.


O Navio de Assistência Hospitalar NAsH Dr. Montenegro é um legado da gestão do ex-governador Orleir Cameli. Em sua missão inaugural, realizada em janeiro de 1997, a embarcação viajou quatro meses pelo Rio Envira. A partir de então, as missões continuaram e, entre novembro de 1998 a janeiro de 2000, escolheu o solo cruzeirense como sede por dois anos.


A fala do comandante foi proferida durante uma reunião realizada na tarde da terça-feira, 23, em que as ações de atendimentos médicos e odontológicos a serem levadas a milhares de juruaenses foram alinhadas por representantes da Secretaria de Estado de Saúde do Acre (Sesacre) e tripulantes da equipe que realiza as Operações de Assistência Hospitalar (Asshop) da embarcação.


“Foi mais um esforço da gestão atual, que articulou para que essa equipe, que hoje aqui está, possa atender toda a nossa população ribeirinha, principalmente neste momento de pandemia e após as alagações, quando surgem outros agravos que acabam prejudicando a saúde desses moradores”, relatou a coordenadora da Sesacre no Juruá, Catiana Rodrigues, que estava acompanhada pelo gerente http://ecosdanoticia.net/wp-content/uploads/2023/02/carros-e1528290640439-1.jpgistrativo da secretaria no Juruá, Gladson Melo.


Durante o encontro, o comandante requisitou o suporte em logística, internet, alimentação, dedetização e limpeza do navio, lavanderia e segurança; além de solicitar a vacinação de 55 tripulantes que ainda não foram imunizados contra a Covid-19, também a construção de uma passarela que dê acesso à embarcação e o tratamento do lixo hospitalar produzido naquela unidade. A intenção do governo, em parceria com a prefeitura municipal, é possibilitar que a equipe realize sua missão com mais facilidade.


“Sou grato ao apoio logístico que temos recebido desde a nossa chegada. Observamos que houve um planejamento antes que chegássemos. Sem essa ajuda, o nosso trabalho seria bastante dificultado. É uma parceria satisfatória, e espero que continue, porque assim conseguiremos realizar bem as nossas missões”, observa Fábio Laprovita.


A equipe, também composta pelos tenentes Miqueias Oliveira e Janaina Frota, apresentou aos visitantes as dependências do NAsH Dr. Montenegro, para averiguação da estrutura hospitalar daquela unidade.


“No nosso navio-hospital temos sala de raio-x, mamógrafo, quatro cadeiras odontológicas, uma sala de vacina e outra de estabilização de pacientes, laboratório, farmácia, enfermaria e seis consultórios médicos. Tudo bem equipado para que a equipe médica, formada por pediatra, ginecologista, clínico-geral e radiologista possa bem servir a população”, explicou Laprovita.


A equipe deve iniciar os atendimentos na próxima segunda-feira, 29, e  não prestará serviços voltados à Covid-19. Conforme afirma a coordenadora regional da Sesacre, a parceria é de extrema relevância e será um grande reforço para o momento de crise sanitária do estado: “Nosso município tem uma população muito carente e que necessita desses serviços. Boa parte dos ribeirinhos serão beneficiados”.


Reunião de alinhamento de ações entre Estado e Município para auxiliar equipe médica do hospital fluvial

Na manhã desta quarta-feira, 24, a coordenadora Catiana Rodrigues alinhou com o secretário municipal de Saúde, Agnaldo Lima, ações que viabilizarão o trabalho da equipe do hospital-fluvial para levar assistência médica a ribeirinhos da região.


“O governo do Estado, a Prefeitura e a Marinha estão unidos para levar assistência à saúde da população da zona rural. Com o ano atípico, isso nos faz mudar a forma com que serão levados os atendimentos a essas regiões. Por isso, sentamos, conversamos e encontramos a melhor solução. Se levarmos em consideração o momento crítico, com déficit de médicos na região, a vinda dessa equipe é um grande reforço, que suprirá parte das nossas necessidades”, avalia Agnaldo Lima.


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