Ambev adapta cervejaria e vai produzir oxigênio hospitalar para doação em SP

A fabricante de bebidas Ambev confirmou nesta segunda-feira (22) que está convertendo parte de uma de suas cervejarias, no interior de São Paulo, para a fabricação e envasamento de oxigênio hospitalar. Os cilindros serão doados para hospitais e unidades de saúde de São Paulo – a ocupação de leitos de Unidade de Terapita Intensiva (UTI) do estado já passou dos 90%.


A fábrica que está sendo adaptada fica na cidade de Ribeirão Preto e é destinada originalmente à produção da Colorado, uma das marcas de cerveja da companhia. A unidade, de acordo com a Ambev, terá capacidade para fornecer oxigênio suficiente para 166 pessoas por dia e deve começar as primeiras entregas em abril.


“Equipamentos já estão sendo adquiridos e a expectativa é que a produção comece no início de abril”, informou a Ambev, em nota. “A usina terá capacidade para produzir 120 cilindros de 10 metros cúbicos por dia e será operada pelos times da Ambev, que trabalharão em turnos para garantir a produção 24h por dia.”


Governo estadual conversa com fornecedoras

A informação já havia sido dada mais cedo nesta segunda-feira pelo vice-governador de São Paulo, Rodrigo Garcia (DEM), após reunião com representantes dos fornecedores de oxigênio coordenada pelo governador João Doria (PSDB). Garcia disse que foi garantido o abastecimento de oxigênio para os hospitais de SP por diferentes empresas, em um momento em que a ocupação das UTIs está no limite.


“Fornecedores garantiram o abastecimento de oxigênio para os leitos de UTI do nosso estado de São Paulo. A Ambev se prontificou a criar, num prazo de 10 dias, uma usina de oxigênio em Ribeirão Preto e doar integralmente a produção, que será suficiente para 120 cilindros por dia”, disse Garcia, em entrevista coletiva no Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista.


“Também a Copagaz utilizará a sua frota, que distribui hoje butijões de gás, para o transporte e a logística de oxigênio. Esse esforço do governo de São Paulo é para atender a rede estadual de hospitais, mas também leva em conta as redes municipais de hospitais públicos, a rede de entidades filantrópicas –as nossas Santas Casas– e também a rede privada”, acrescentou.


O Brasil vive o pior momento da pandemia de Covid-19, com mais de 2.000 mortes em média por dia e com a maioria dos estados com ocupação de leitos de UTI próxima do limite, o que tem levado a temores de desabastecimento de oxigênio como ocorreu no início deste ano em Manaus.


*com Reuters


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