Acre completa um ano desde que registrou primeiros casos de Covid-19 e vive o pior momento da pandemia

Foto: Sérgio Vale

Faz exatamente um ano que o Acre confirmou os primeiros casos de Covid-19. Foi no dia 17 de março de 2020, por meio de uma coletiva de imprensa, que o governador Gladson Cameli anunciou três casos confirmados junto ao primeiro decreto de situação de emergência devido à pandemia do novo coronavírus.


Conforme a secretaria de Saúde do Acre (Sesacre), os três primeiros casos de Covid-19 no Estado foram registrados em Rio Branco, sendo de um homem de 30 anos, uma mulher de 50 (ambos tinham vindo de São Paulo) e outra de 37 anos, esta última estava em Fortaleza.


À época, os casos tiveram de ser validados e confirmados pelo Ministério da Saúde. Antes disso, o Acre só havia descartado casos suspeitos. A Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Segundo Distrito da capital acreana foi a primeira unidade referência para atendimentos da Covid-19.


Foi nessa época também que as aulas presenciais foram suspensas na rede pública e privada. De lá para cá, milhares de novos casos têm sido confirmados diariamente, bem como óbitos em decorrência da doença.


O Estado confirmou o primeiro óbito pela doença no dia 6 de abril de 2020. Em quatro meses, já eram 552 mortes provocada pelo vírus. O Acre terminou dezembro se aproximando dos mil óbitos.


Nessa última terça-feira, 16, o Acre ultrapassou a marca de 63 mil infectados pela Covid-19 e alcançou 1.140 mortes. Foram 438 casos de infecção por coronavírus em 24 horas, sendo 146 casos confirmados por exame de RT-PCR e 292 por testes rápidos. O número de infectados saltou de 62.940 para 63.378 nas últimas 24 horas.


Mais 11 notificações de óbitos foram registradas nesta terça, sendo 7 do sexo masculino e 4 do sexo feminino, fazendo com que o número oficial de mortes por Covid-19 suba para 1.140 em todo o estado.


Até o momento, o Acre registra 170.173 notificações de contaminação pela doença, sendo que 105.718 casos foram descartados e 1.077 exames de RT-PCR seguem aguardando análise do Laboratório Central de Saúde Pública do Acre (Lacen) ou do Centro de Infectologia Charles Mérieux. Pelo menos 52.176 pessoas já receberam alta médica da doença, enquanto 359 pessoas seguem internadas.


Estado vive o pior momento da pandemia

Após a chegada da terrível doença que até então os acreanos só acompanhavam pela televisão., o que ninguém imaginava é que um ano depois, mesmo com a chegada da tão sonhada vacina, a pandemia continuasse a fazer parte da rotina de todos os acreanos e o que é pior, com os casos aumentando a cada dia e o sistema de saúde em colapso, obrigando o governo a transferir pacientes para outros estados por falta de leitos nas unidades hospitalares.


Os números da pandemia no Acre assustam. De acordo com o último boletim oficial divulgado, o estado tem em um ano o total de 63.378 pessoas infectadas. Se levarmos em consideração a estimativa do IBGE de que a população acreana é de 894.470 habitantes, significa que mais de 7% de todos os moradores do Acre já foram contaminados pelo novo coronavírus. O percentual mostra o alto nível de contaminação que tem a pandemia.


Apesar de Rio Branco concentrar quase 46% dos casos da doença, municípios pequenos como Assis Brasil, Xapuri e Tarauacá apresentam uma incidência de mais de 10 mil casos por cada 100 mil habitantes. A pandemia, em um ano, deixou um rastro de tristeza no coração dos acreanos. Até esta terça, o estado contabiliza 1.140 mortes causadas pela Covid-19.


A pandemia segue no Acre a tendência de matar mais idosos. Do total de óbitos, 70,23% são de pessoas a partir dos 60 anos. Nesta faixa etária já foram contabilizados 802 óbitos.


Uma outra “certeza” que deixou de ser regra após um ano é de que a doença só é perigosa para quem tem comorbidades. Apesar de apresentar um quadro mais complicado para quem tem alguma doença como diabetes, hipertensão, obesidade ou problemas cardíacos, por exemplo, o número de mortes no Acre comprova que a Covid-19 é perigosa também para quem é considerado saudável, já que 40% das mortes são de pessoas sem nenhuma comorbidade.


Infelizmente, a mortalidade pela pandemia chegou em todos os municípios acreanos. Rio Branco concentra 694 óbitos, o que corresponde a 60,88% dos mortos. O menor número de óbitos no Acre está no Jordão, onde apenas um morador foi vítima fatal da Covid-19.


Com um cenário cada vez mais caótico onde, nas últimas semanas, virou comum a morte de pelo menos 10 pessoas todos os dias e a confirmação de mais de 400 novos casos diariamente, resta a população esperar que as autoridades consigam adquirir quantidade de vacina suficiente para acelerar a campanha de imunização, para quem sabe, daqui um ano, aí sim, a Covid-19 possa ser apenas uma triste lembrança.


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