Em 10 anos, o maior fator de risco de morte no Brasil mudou de desnutrição para alto Índice de Massa Corporal (IMC) ou excesso de peso. Os dados foram publicada na revista Lancet. O estudo envolveu 3,6 mil pesquisadores em todo o mundo, apontando as doenças que oferecem maiores riscos de morte.
Para os brasileiros, chamou a atenção o crescimento da obesidade como maior fator de risco em 2019, desbancando a desnutrição, líder desse ranking no país 10 anos antes.
Segundo a pesquisa, o Brasil saiu da condição de mortalidade de desnutridos – baixa ingestão de nutrientes que pode gerar anemia – para o de obesos, que pode desencadear pressão alta, diabetes, colesterol elevado, trombose e doenças cardiovasculares.
Em Mato Grosso, estima-se que mais de 37 mil crianças estejam com sobrepeso, o que pode trazer vários riscos à saúde. A estimativa é do Conselho Regional de Enfermagem (Coren-MT).
Obesidade no Brasil
Em 2003, cerca de 50% da população brasileira estava com o peso acima do recomendado. Mais de 10 anos depois, em 2019, esse número saltou para 63% e foi acompanhado pela obesidade. Em 2003 eram 12% e atualmente chega a quase 30% o número de obesos no país.
Essa realidade atinge também a população infantil. Segundo dados do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional, cerca de 16% das crianças brasileiras, entre 5 e 10 anos, estão com sobrepeso; 9%, com obesidade, e 5%, com obesidade grave.
Como evitar a obesidade infantil
A educação alimentar infantil é fundamental para evitar que esses números cresçam. Iniciar a abordagem de alimentação saudável na infância, além de apresentar conceitos alimentares saudáveis, é importante.
Nutricionistas destacam a importância do exemplo dos pais nesse processo, comendo frutas, legumes e verduras e mantendo um estilo de vida saudável para que a criança cresça num ambiente também saudável.
Além disso, a criança deve ser estimulada à prática de esportes para saúde e bom desenvolvimento psicomotor.