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Rio Tarauacá baixa quase um metro e famílias desabrigadas devem retornar para casas, diz Defesa Civil

Foto: Arquivo/Corpo de Bombeiros

O Rio Tarauacá, na cidade de mesmo nome, no interior do Acre, começou a apresentar vazante, entre o final do sábado (20) e começo deste domingo (21), quando o manancial baixou quase um metro, segundo informações da Defesa Civil.


Na medição deste domingo, o rio chegou a cota de 10,10 metros e está com 60 centímetros acima da cota de transbordo, que é de 9,50 metros.


“Apresentou uma vazante muito razoável de 95 centímetros e as casas estão fora da água, e poucas ruas estão com água. As famílias ainda não começaram a voltar, mas já estão em processo de limpeza”, disse o coordenador da Defesa Civil Sargento Marcelo Monteiro.


A Defesa Civil informou que 77 famílias continuam desabrigadas e outras 38 desalojadas. Todas elas continuam fora de casa, mas já estão higienizando as moradias para o retorno.


Com uma população estimada em 43.151 pessoas, de acordo com o Instituto Brasileiro e Geografia e Estatística (IBGE), a cidade de Tarauacá tem 28 mil moradores afetados com a enchente do rio. Dos nove bairros da cidade, apenas um não foi atingido pelas águas. Cerca de 90% do município foi afetado pela enchente.


O rio chegou a cota de 11,05 metros, de acordo com a medição do Corpo de Bombeiros feita às 6 horas do sábado (20). E ficou com 1,55 metros acima do nível máximo estipulado para transbordar. A maior cota já registrada na cidade foi 11,93, em 2014. A cidade decretou calamidade pública na quinta (18), mas o decreto ainda não foi publicado no Diário Oficial do Estado (DOE).


“Hoje [domingo, 21] eles já começam a retornar porque não esperam o rio baixar mais, estamos trabalhando para fazer a entrega dos kits de limpeza para eles voltarem”, acrescentou.


Cheia no Acre

O Acre registrou quase 130 mil pessoas atingidas de alguma forma pela cheia dos rios na capital e no interior do estado. No total, são dez cidades afetadas: Rio Branco, Cruzeiro do Sul, Tarauacá, Feijó, Sena Madureira, Santa Rosa do Purus, Jordão, Porto Walter, Mâncio Lima e Rodrigues Alves.


O governador do Acre, Gladson Cameli, decretou, na terça-feira (16) situação de emergência devido à cheia dos rios e também pelo surto de dengue, crise migratória na fronteira do Acre com o Peru e a falta de leitos de UTI para pacientes com Covid-19.


A enchente dos rios Acre, Juruá, Envira, Iaco, Purus e outros mananciais, além do transbordamento dos igarapés, atinge centenas de famílias. Esses moradores foram levados para abrigos montados em escolas, igrejas, ginásios, quadras esportivas e barcos. Além dos desabrigados, há várias famílias desalojadas.


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