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Registros de casos de leptospirose caem 27% no Acre, mas alerta dobra em época de cheia

O Acre apresentou uma redução de 27% nas notificações de leptospirose nos 22 municípios acreanos, comparando os anos de 2019, com 797 notificações e 2020, com 584. Os dados são da Núcleo de Zoonozes da Secretaria Estadual de Saúde (Sesacre).


No ano de 2021, segundo os dados foram registradas apenas duas notificações, uma na cidade de Cruzeiro do Sul, e a outra em Santa Rosa do Purus, no interior. Contabilizando os números dos últimos dois anos e o começo de 2021, foram 1.383 notificações.


A doença é provocada pela bactéria leptospirose, presente na urina do rato, é grave e pode levar à morte. Mesmo com a redução do ano passado, a secretaria alerta que esse período do ano é necessário aumentar os cuidados por causa da enchentes.


“Aqui na nossa região o rato é o principal transmissor dessa doença e pode ser transmitida diretamente ou indiretamente por meio da urina e por ter acesso a algum local, onde ele urinou [como na água]. Como se trata de uma época de enchente, provavelmente aumenta o índice de casos, porque os animais têm os abrigos atingidos, então eles procuram abrigos também e acaba aproximando mais da população”, afirma Euzir Costa, chefe do Núcleo de Zoonozes.


Enchentes são risco para aumento de casos de leptospirose — Foto: Juan Diaz/Arquivo pessoal

Enchentes são risco para aumento de casos de leptospirose — Foto: Juan Diaz/Arquivo pessoal


Orientações

Com o alerta por causa das enchentes, Costa diz que um dos cuidados que eles pedem é que a população evite contato com a água que tenha a presença de roedores, mesmo que seja corrente.


“Outro cuidado que a gente pede é que a população não descarte alimentos no fundo do quintal, porque quando faz isso, está chamando o roedor para perto da sua casa. Quando ele chega, e tem esse alimento e se tiver um esconderijo, ele permanece mais tempo. Também orientamos a manter sempre os orifícios de instalações onde ele possa entrar, em casos de casa de madeira não deixar entulhos embaixo e verificar em telas e forros por onde possa entrar e se alojar nas casas”, acrescentou.


Além disso, outro alerta importante é para crianças que gostam de tomar banho nas águas das enchentes. Costa pede que a prática seja evitada.


“Nesse caso, ocorre transmissão indireta porque geralmente crianças podem ter lesões na pele é por onde a bactéria entra no organismo da pessoa. Nessa época de muita água perto de casa, e por mais que o rato tenha fugido da moradia, a urina é levada pela água e aumenta o risco para quem está contato com a água, principalmente as crianças”, concluiu.


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