Quarteto que executou menina de 13 anos é preso no Acre, confessa crime e revela motivo da morte

Mais quatro pessoas foram presas acusadas de sequestrar, matar e enterrar o corpo da adolescente Raquel Melo de Lima, de 13 anos, em uma cova rasa numa área de mata no Ramal do Pica-Pau, na região do bairro Amapá, em Rio Branco. A prisão do quarteto aconteceu na tarde de terça-feira (02).


Policiais Militares do 2° Batalhão receberam uma denúncia anônima informando que na invasão do Ramal do Pica-Pau, na travessa Amizade, no bairro Amapá, quatro indivíduos que seriam autores do homicídio de Raquel estavam escondidos em uma casa abandonada.



 


Os PMs realizaram uma operação com apoio do Giro, que é ligado ao Bope, e foram até local, onde conseguiram capturar o quarteto. Os acusados foram identificados como Isaias Nascimento da Silva, 18 anos, vulgo “Soneca”, Francisco Eucivan Leandro Rodrigues, 24, vulgo “Neguim”, Rozinei Pereira Santos, 20, vulgo “Nei”. Um jovem identificado como Rozivaldo Pereira Santos, 19, vulgo “Naldo”, também foi preso enquanto tentava fugir do local durante a chegada da PM.


Em revista pessoa, a PM encontrou com “Soneca” uma garrucha. Os militares ainda fizeram uma busca no terreno e encontraram uma espingarda calibre 22, com 5 cartuchos calibre .36, um carregador de rifle calibre 22, com três cartuchos calibre 22, um terçado, duas facas, um pé de cabra, um celular e aproximadamente 31 gramas de cocaína.



Diante dos fatos, os quatro homens foram encaminhados à Delegacia de Flagrantes (Defla).


Na presença do delegado Cabral, responsável pelo inquérito que apura a morte na adolescente Raquel, os criminosos confessaram o crime. Os quatro acusados são membros da facção Bonde dos 13 e disseram ao delegado que “Soneca”, “Nei” e “Neguim” sequestraram Raquel próximo à rua de uma igreja. Na ação, “Nei” estava com uma faca tipo “peixeira”, “Soneca” estava com o rifle 22 e o “Neguim” com “garrucha 36”.


Os criminosos disseram que executaram a vítima, pois ela estaria “caguetando” os autores do homicídio da irmã dela para membros da facção Comando Vermelho. A adolescente foi levada até uma área de mata, para realizar um “julgamento”, no qual Raquel foi condenada à morte sob acusação de ser olheira de uma facção criminosa CV, na área do Bonde dos 13.


Ainda no depoimento, “Soneca” disse que efetuou cerca 7 disparos na vítima com o rifle 22, “Neguim” efetuou 1 tiro com o “garrucha 36” e o “Nei” deu cerca de 4 perfurações com a “peixeira” na vítima, e em seguida teriam enterraram a menina em uma cova rasa.


A Polícia Civil segue investindo o crime.


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