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Novo presidente do Senado defende permanência do auxílio emergencial

Eleito na segunda-feira (1/02) presidente do Senado com 57 dos 78 votos,  Rodrigo Pacheco (DEM-MG), candidato apoiado pelo presidente Jair Bolsonaro, é defensor de uma nova rodada do auxílio emergencial durante a pandemia de Covid-19. Em discurso na sessão em que foi eleito, Pacheco disse que é preciso manter diálogo com a equipe econômica , e buscar maneiras de conciliar a área de assistência social, sem ultrapassar o teto de gastos públicos.

“A despeito do compromisso da responsabilidade fiscal e do teto de gastos públicos de índole constitucional, temos uma obrigação de reconhecer um estado de necessidade no Brasil que faz com que milhares de vulneráveis precisem do atendimento do Estado de modo que nos primeiros instantes, caso vossas excelências me outorguem o mandato de presidente, nós vamos inaugurar um diálogo pleno, efetivo e de resultados, porque isso é para ontem, para que se possa conciliar o teto de gastos públicos com assistência social”, declarou.


O senador derrotou Simone Tebet (MDB-MS), que teve 21 votos. Advogado, Pacheco está no primeiro mandato como senador. Antes, atuou como deputado federal por quatro anos. Para romper a fama de novato, a articulação costurada com governistas e oposicionistas por seu antecessor, Davi Alcolumbre (DEM-AP), foi fundamental.


A estratégia de campanha de Pacheco foi se antecipar aos adversários. Saiu na frente ao conquistar o apoio de partidos expressivos, como PSD e PT, antes mesmo dos emedebistas decidirem quem seria o seu representante na eleição.


Em discurso feito antes da votação, Pacheco afirmou que terá uma gestão independente em relação aos outros Poderes e que não cederá a “pressão externa”. Segundo ele, “governabilidade não significa ser subserviente ao governo”. Pacheco assumiu um compromisso pela defesa intransigente do Estado Democrático de Direito e disse que a sua gestão, formada com alianças de diferentes correntes ideológicas, pode ser uma oportunidade de “pacificação”:


— Vamos fazer disso uma grande oportunidade de pacificação das nossas relações políticas e institucionais, porque é isso que a sociedade brasileira espera de nós.


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