Durante a madrugada, os bombeiros do 1º Batalhão, que fica na Morada do Sol, em Rio Branco, foram surpreendidos por um pedido de socorro. No carro, uma mulher de 32 anos dava à luz a um menina e foi com a ajuda da cadete Katiuce que o parto foi feito dentro do carro no estacionamento do batalhão.
A pedido da família, o G1 não vai usar o nome da mulher. A família contou que ela começou a ter contrações que aumentaram na madrugada. Como ela e o marido moram no bairro Adalberto Sena, não daria para chegar à maternidade a tempo.
Acompanhada da irmã e do cunhado, a mulher decidiu parar no batalhão para pedir ajuda. Esse é o quinto filho dela.
Quem estava comandando a equipe de socorro era a cadete Katiuce, que assim que viu o carro entrando em alta velocidade sabia que era um pedido de socorro.
“Eu estava saindo para terminar uma ocorrência de salvamento quando vi o carro e imaginei que ali dentro tinha alguém que precisava de socorro. Coloquei a luva e já fui de encontro, foi quando a irmã da mulher me disse que ela estava em trabalho de parto. Já dava para ver parte da criança saindo, segurei a bebê e pedi que a mãe respirasse e fizesse força”, conta.
Assim que a bebê nasceu, a bombeira acionou o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). “Me certifiquei de que o cordão não estava enrolado no pescoço e chequei os sinais vitais da criança. Comecei a estimular o choro e assim que ouvimos a bebê, a mãe ficou aliviada”, conta.
As duas receberam os atendimentos e foram levadas para a maternidade. A família conta que a bebê nasceu um pouco abaixo do peso, mas tanto ela como a mãe estão bem e devem receber alta nos próximos dias.
Para Katiuce, a experiência foi única. Esta é a primeira vez que ela faz um parto e, passado o atendimento, ela disse que o sentimento é de gratidão.
“Nós bombeiros somos treinados para ter o domínio e manter a calma e tranquilidade em qualquer situação, então, na hora a minha preocupação era manter a mãe e a bebê bem. Mas, depois que saí do plantão me toquei que foi meu primeiro parto. Fiquei bastante emocionada, sem acreditar que tinha trazido uma criança ao mundo. E é isso que espero; poder ajudar ainda muitas pessoas. É impagável”, finaliza.