O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, negou saber sobre o risco de colapso no sistema de Saúde do Amazonas no dia 8 de janeiro. A declaração, divulgada neste sábado (27) em reportagem do Estadão e feita em depoimento à Polícia Federal, difere do documento assinado pelo ministro-chefe da Advocacia-Geral da União (AGU) sobre a crise, no qual afirmam que o ministro foi notificado pela empresa White Martins sobre a falta de oxigênio no estado.
De acordo com Pazuello, em depoimento no dia 4 de fevereiro, o documento em questão “nunca foi entregue ao Ministério da Saúde” e que o fato de que um funcionário do Ministério citou o aviso da empresa em depoimento foi um “equívoco”. Ainda segundo a reportagem, o general afirmou que “não houve qualquer menção ao iminente colapso”.
Apesar disso, a reportagem diz que o Centro de Operações de Emergências informou, no dia 9 de janeiro, sobre o “colapso dos hospitais e falta de oxigênio” no Amazonas. O extremo da crise em Manaus ocorreu no dia 14 de janeiro, quando uma ala inteira de um hospital da cidade ficou sem oxigênio disponível.