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Irmãos condenados por morte de jovens durante confusão em velório no Acre têm penas reduzidas em mais de 8 anos

À esquerda, Wemerson de Araújo, de 18 anos, e Wenderson Sores, à direita, foram mortos a golpes de facão em 2019 — Foto: Arquivo pessoal

Os irmãos Guedes da Silva Feitosa e Jânio da Silva Feitosa tiveram as penas reduzidas em mais de oito anos após apelarem à Justiça. Os dois foram condenados em novembro do ano passado a mais de 95 anos de prisão pela morte dos primos Wemerson de Araújo, de 18 anos, e Wenderson Soares, de 17, em janeiro de 2019.


A defesa dos dois recorreu da condenação alegando que houve excesso no cálculo da dosimetria das penas. O julgamento da dupla ocorreu no dia 10 de novembro do ano passado, na Vara Criminal de Porto Acre.


O recurso foi julgado na última quarta-feira (4) em sessão da Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Acre. Em uma decisão unânime, os desembargadores aceitaram a apelação criminal.


Os dois irmãos são condenados pelos crimes de duplo homicídio e também por tentativa de homicídio contra Antônio Carlos do Araújo, que também foi ferido na época.


Guedes da Silva tinha sido condenado a 40 anos e sete meses de prisão e 15 dias de prisão em regime fechado. Após a apelação, a condenação dele ficou em 37 anos, sete meses e 15 dias. Já Jânio Feitosa tinha recebido uma pena de 54 anos, 10 meses e 15 dias e passou para 49 anos e um mês.


Relembre o caso

Os dois primos foram assassinados em janeiro de 2019 a golpes de facão e enxada, na Vila do Incra, em Porto Acre. Wemerson de Araújo teve a cabeça arrancada com os golpes de facão. Wenderson Soares também foi ferido pelos golpes e não resistiu. Além deles, Antônio Carlos, também ficou ferido.


Na época do crime, a família contou que Araújo estava na rede com o filho, quando levou a primeira facada.


“Eles estavam em um velório e começou uma briga por causa de uma mulher lá. E nessa briga meu filho não estava, ele estava deitado nesse velório dentro de uma rede com o bebê dele dormindo. Ele acordou com a primeira facada, saiu da rede e correu, no que correu, deram uma enxadada na cabeça dele e ele já caiu na rua”, contou a mãe de Araújo, Maria Helena, na época.


Após a morte dos jovens, três casas ficaram destruídas depois de serem incendiadas. De acordo com a Polícia Militar, o motivo dos incêndios seria vingança da família dos jovens assassinados. A suspeita é de que familiares das vítimas teriam colocado fogo nas casas de parentes dos suspeitos. Segundo ele, ninguém ficou ferido com o incêndio.


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