A somatória de diversas crises fará com que o governo do Acre decrete estado de emergência o quanto antes. A informação foi confirmada pelo próprio governador Gladson Cameli nesta terça-feira, 16. Segundo ele, o Acre deve entrar em estado de emergência “por causa das enchentes dos rios, além de problemas com pandemia, surto de dengue e crise migratória na fronteira com o Peru”.
Cameli ressaltou que em conjunto com a Presidência da República, bancada federal e todos os prefeitos, está encaminhando cestas básicas para famílias atingidas pela enchente dos rios em três municípios acreanos. “Estou indo a Brasília para audiências com os ministros Paulo Guedes e Rogério Marinho”, informou.
Após o meio-dia desta terça, o rio Acre marcou 15,62 metros, estando 1,62 metros acima da cota de transbordamento na capital. Mais de 10 bairros estão sendo atingidos pela alagação e mais de 10 famílias tiveram de ser realojadas devido a subida no nível do rio.
Também nesta terça, centenas de imigrantes furaram a barreira policial que os impedia de atravessar ao lado peruano passando por Assis Brasil, no Acre. A situação é conflitante e requer esforço conjunto entre o governo do estado e federal, uma vez que há risco de explodir casos de Covid-19 devido aglomeração.
O Acre também vive dias difíceis com relação à pandemia de Covid-19. Nessa segunda-feira, 15, confirmou 13 mortes em decorrência de complicações da doença em 24 horas. Os 22 municípios alcançam a marca de 53.455 infectados e 931 óbitos.
Simultaneamente ocorre ainda a problemática da dengue. Milhares de pessoas buscam atendimento nas unidades de saúde por conta do surto da doença. Rio Branco teve de separar a unidade BarralYBarral para tentar suprir a demanda e evitar contaminação da Covid-19.