Funcionários do Banco do Brasil no Acre vão aderir à greve nacional que deve acontecer na quarta-feira, dia 10, com manifestações em todo o país. “A greve é nossa única arma para enfrentar o terror implantado por Paulo Guedes e Bolsonaro no Banco do Brasil”, desabafou o presidente em exercício do Sindicato dos Bancários do Acre, Eudo Raffael. O sindicalista convoca toda a categoria dos bancários para aderir ao movimento previsto para acontecer em todo o país, no dia 10 desse mês. “Acredito que todos juntos venceremos mais essa batalha”, prevê.
Raffael pediu apoio aos bancários que vistam de preto nessa quarta-feira para protestarem de forma silenciosa pelo desmonte do Banco do Brasil, inclusive que tirem fotos com a hashtag #EuApoioAGreveDoBB e postem nas redes sociais. Para o presidente do Sindicato, a greve tem como objetivo demonstrar que os servidores do banco público são contra o plano de reestruturação imposta a toque de caixa pelo governo federal. Destacou que a proposta tem como objetivo fechar 361 agências, diminuir a estrutura de 800 postos de atendimento, desligar mais de 5 mil funcionários e extinguir a gratificação de função de caixa. “No Acre, dezenas de funcionários estão sendo atingidos, pois perderão suas funções e muitos poderão ser transferidos, compulsoriamente, para outros estados”, lamentou o sindicalista.
Os servidores do BB provocaram paralisação no fim do mês passado nos municípios acreanos, para demonstrar que discordam do fechamento das agências dos municípios de Assis Brasil, Capixaba e Bujari, inclusive das agências da avenida Ceará (na capital acreana) e da Catedral em Cruzeiro do Sul (no Vale do Juruá). Com o fechamento de agências, os moradores do interior precisarão recorrer aos correspondentes bancários para pagar contas e sacar o salário do Município e do Estado. As agências de Xapuri e Mâncio Lima serão transformadas em postos de atendidos do BB. Cada agência conta hoje com seis bancários e um gerente. Com a mudança, ficarão apenas três bancários para atender essas localidades.
A instituição tem cerca de 400 funcionários distribuídos nas 24 agências que eram mantidas no estado. O processo de reestruturação, segundo o sindicato, prevê a demissão de cinco mil bancários em todo o país. Quem discordar do cargo designado ou do estado a que for transferido, poderá optar pelo Programa de Adequação de Quadros (PAQ) ou o Programa de Desligamento Extraordinário (PDE) para deixar o banco.