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Em 3 dias, polícia recebe mais de 190 denúncias de desobediência ao decreto que suspende serviços não essenciais no AC

Foto: Asscom/Sejusp

Em três dias após o Acre ser reclassificado para a fase de emergência, representada pela cor vermelha, que suspende as atividades não essenciais, os órgãos de Segurança Pública receberam mais de 190 denúncias de descumprimento das medidas.


O estado voltou para a faixa vermelha, a mais restritiva do plano de enfrentamento da pandemia do novo coronavírus, no último dia 1º. A medida se deu devido ao alto número de casos de Covid-19 no estado e é válida até o dia 19 de fevereiro.


Com a regressão de faixa, alguns segmentos tiveram que fechar ou reduzir os atendimentos. O serviço público passa a funcionar de forma remota, ou por meio de agendamento e alguns setores do comércio e aulas nas redes públicas e privadas estão suspensas de forma presencial.


Conforme os dados repassados pela Secretaria Estadual de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), ao todo foram registradas 191 denúncias mencionando o decreto governamental.


Os chamados são feitos pelo 190 e pelo Disk Denúncia. Pelo 190 foram recebidas um total de 107 ligações e o Disque Denúncia recebeu 84. Os dados são do dia 2 ao dia 4 de janeiro.


O Acre já registra 50.122 casos confirmados de Covid-19, segundo último boletim da Secretaria de estado de Saúde (Sesacre) divulgado nessa sexta-feira (5). Ao todo, 884 pessoas perderam suas vidas para a doença. Além disso, 221 pessoas seguem internadas.


Toque de recolher

Antes de todas as regionais do estado regredirem para faixa vermelha, o governo decretou o toque de recolher das 22h às 6h no último dia 25 de janeiro. O decreto tem validade de um mês, ou seja, tem efeito até 25 de fevereiro.


Conforme o governo, a circulação de pessoas está liberada em locais de serviços essenciais, como farmácia, postos de combustíveis e outros. A determinação também destaca que os estabelecimentos que trabalham com delivery ou drive-thru podem funcionar, mas fechados, sem que o cliente entre no local.


A fiscalização é de responsabilidade da Sejusp e, caso o estabelecimento seja flagrado descumprindo as medidas pode sofrer multas de R$ 500 a R$ 2 mil, atualizada anualmente pela Taxa Selic, à suspensão ou cassação da Licença de Segurança. A secretaria ainda não soube informar a quantidade de multas aplicadas por descumprimento ao decreto.


Espaços interditados

Para garantir o cumprimento do decreto que suspendeu o funcionamento dos serviços não essenciais, o governo do Acre decidiu, a partir dessa sexta-feira (5), interditar parques e outros espaços usados para atividades físicas ao ar livre em Rio Branco.


Em maio do ano passado, pistas de caminhada e outros espaços foram interditados para evitar que as pessoas saiam de casa e façam aglomerações durante a quarentena.


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