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Com 1.422 casos confirmados, Covid-19 atinge 26% do efetivo da Segurança Pública do Acre

Foto: Asscom/PC

A Segurança Pública do Acre, que engloba polícias Militar e Civil, Instituto de Administração Penitenciária do Acre (Iapen-AC), bombeiros e Instituto Socioeducativo do Acre (ISE), já teve 26% do seu efetivo infectado pelo coronavírus.


Um levantamento feito pela Secretaria Estadual de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) mostra que, de todo o efetivo, que é de 5.573 agentes da Segurança, 1.422 foram acometidos pela Covid-19. Destes, 1.276 estão curados e 146 continuam em tratamento pela doença.


Os dados mostram que os policiais militares são os mais afetados com a pandemia, totalizando 644 casos confirmados, o que é 27% de todo o efetivo, que é 2.384.


Logo em seguida, os profissionais do Iapen aparecem com o segundo maior número de casos. Dos 1.408 servidores, 432 testaram positivo para a Covid – uma taxa de infecção de 31%.


Preocupação

O secretário de Segurança Pública, coronel Paulo Cézar dos Santos, atribui a alta taxa de infectados ao trabalho ostensivo nas ruas – em operações e trabalho diário de contenção ao crime – e também à sobrecarga de funções, que veio atrelado à pandemia.


“O principal fator é que a atividade do profissional de segurança não permite o afastamento ou utilização de uma outra ferramenta eletrônica como se observa nas demais profissões. Agregado a isso, nesse período de pandemia foi delegado à Segurança Pública uma série de atribuições que não eram originárias e de apoio exatamente a questões de controle sanitário, como também o apoio ao sistema municipal, estadual e particular de saúde”, pontua.


Para conter os casos dentro do sistema de segurança, Santos diz que são distribuídos kits de higienização, equipamentos de proteção individual e também orientação quanto às medidas de prevenção.


Quanto aos casos confirmados, o secretário explica que cada força de Segurança possui um núcleo que faz o acompanhamento e o servidor é afastado até que receba alta. Segundo ele, os altos números dentro do sistema geram preocupação.


“Nos preocupa esse cenário, porque inviabiliza algumas ações e operações, principalmente nesse momento onde há uma sobrecarga maior de atividades, haja vista que, além das cargas originárias houve também atribuição agregada em caráter sanitário de apoio aos órgãos de saúde. Então, vamos perdendo nossa força de trabalho e, consequentemente, há uma sobrecarga do sistema porque temos que manter as condições de resposta e prevenção ao crime no mesmo patamar”, destaca.


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