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Brasileiro que cresceu na favela é selecionado para programa mundial da Samsung

© Samsung/Divulgação strongCalarca é o fundador do Observatório Internacional da Juventude (OIJ), um projeto que atua para conectar jovens líderes ao redor do mundo, oferecendo treinamento em áreas como empreendedorismo, paz e justiça e políticas públicas./strong

A segunda turma do programa Generation 17, uma parceria da Samsung com a Organização das Nações Unidas (ONU) para amplificar vozes, histórias e trajetórias de jovens líderes globais que possuem projetos alinhados aos 17 objetivos de desenvolvimento sustentável, vai contar com um representante brasileiro.


Daniel Calarca, de 23 anos, que cresceu na Favela do Vintém e na Vila Aliança, em Bangu, no Rio de Janeiro, será anunciado oficialmente hoje (23) como o primeiro brasileiro a participar da iniciativa – no ano passado, os escolhidos eram da Argentina, Bangladesh, Zimbábue e Mali. “Desde muito novo, senti na pele os vários problemas sociais comuns a tantos outros jovens. Sempre fui questionador e comecei a sonhar como um ato de rebeldia”, afirma.


Calarca é o fundador do Observatório Internacional da Juventude (OIJ), um projeto que atua para conectar jovens líderes ao redor do mundo, oferecendo treinamento em áreas como empreendedorismo, paz e justiça e políticas públicas. “[A iniciativa] surgiu como uma tentativa de transformar a narrativa do que era ser jovem no Rio e no Brasil. É uma construção coletiva de pessoas que tiveram oportunidades de mudar suas trajetórias e queriam dar algum tipo de devolutiva para a comunidade”, explica.


Criada em 2015, o Observatório atua estrategicamente por meio de advocacy e projetos para contribuir positivamente para o desenvolvimento e inovação, além proteção da igualdade e dos direitos humanos. “Eu entendi que existiam outras maneiras de se construir uma sociedade onde o medo, a insegurança e injustiça não fossem tão constantes”, considera.


Graças a essa iniciativa, o jovem foi escolhido para o programa da multinacional coreana. “Tradicionalmente, a juventude é vítima de uma situação na qual ela é considerada parte do problema, e nunca da solução. Uma iniciativa como essa começa a escrever novas narrativas sobre o que é ser jovem e o papel que temos no desenvolvimento sócio-econômico do nosso país. Programas como esse, que entendem que não existe a construção do desenvolvimento sustentável sem a juventude, são essenciais para a gente mudar cenários”, diz ele, que acabou de ser convidado para assumir a gerência de desenvolvimento e inovação social da prefeitura do Rio de Janeiro.


Para Mario Laffitte, vice-presidente de relações institucionais da Samsung América Latina, a iniciativa é uma forma de, por meio de pessoas relevantes e lideranças em suas comunidades, aumentar o engajamento dos jovens com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). “Esses jovens inspiradores recebem apoio tecnológico para ampliar a visibilidade dessas metas. Enxergamos a tecnologia e a inovação como elementos que possibilitam a transformação da sociedade, e com escala”, afirma.


Para o executivo, a presença do brasileiro fortalece a conexão e a influência da marca no país. “Iniciativas desse tipo trazem uma humanização muito forte e com consistência”, completa Laffitte, explicando que os jovens contemplados recebem equipamentos com tecnologia de ponta – com dispositivos do pacote Galaxy, com celular, tablet, fones de ouvido e Smartwatch.


Além do brasileiro, a segunda edição do Generation 17 conta também com jovens do Líbano, da Ucrânia e Coreia do Sul. “Nunca foi tão importante catalisar vozes de pessoas que representam novas visões e realidades. É uma responsabilidade muito grande. A gente tem uma potência de usar a tecnologia em nosso favor para a agenda 2030”, afirma Calarca.


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