Após reajuste, governo zera impostos federais sobre combustíveis por dois meses a partir de março

Foto : Marcos Corrêa/PR

O presidente da República Jair Bolsonaro (sem partido) criticou o presidente da Petrobras por conta do “aumento fora da curva” do preço de combustíveis e afirmou que a partir de março, não haverá imposto federal no diesel por dois meses. Ele explicou que o período vai servir para estudar a retirada definitiva da tributação. Porém, relembrou a autonomia da empresa petroquímica. As afirmações foram feitas em uma live ontem (18), após anúncio dos reajustes.


“Não posso chamar a atenção da Agência Nacional de Petróleo, porque é independente, mas tem atribuição também. Não faz nada. Você vai em cima da Petrobras, ela fala ‘opa, não é obrigação minha'”, disse Bolsonaro. “‘Eu não tenho nada a ver com caminhoneiro, eu aumento o preço aqui, não tenho nada a ver com caminhoneiro’. Foi o que ele falou, o presidente da Petrobras. Isso vai ter uma consequência, obviamente”, continuou o gestor nacional, sobre Roberto Castello Branco, presidente da Petrobras.


A Petrobras informou ontem (18) novos reajustes nos preços da gasolina e do diesel, que aumentarão, respectivamente, 10,2% e 15,1% a partir de hoje (19). É a quarta mudança apenas em 2021.


“Teve um aumento, no meu entender, aqui, eu vou criticar, um aumento fora da curva da Petrobras. 10% hoje na gasolina e 15% no diesel. É o quarto reajuste do ano. A bronca vem sempre para cima de mim, só que a Petrobras tem autonomia”, afirmou o presidente.


Para tentar amenizar a questão, o ministro da Economia Paulo Guedes decidiu ontem (18) zerar, inicialmente durante dois meses, o imposto PIS/Confins a partir do próximo mês. “A partir de 1º de março também não haverá qualquer imposto federal no diesel por dois meses. Por que por dois meses? Porque nestes dois meses nós vamos estudar uma maneira definitiva de buscar zerar este imposto no diesel. Até para ajudar a contrabalancear este aumento, no meu entender, excessivo da Petrobras”, anunciou Bolsonaro.


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