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MPF, MPAC e DPU recorrem ao TRF1 para adiar Enem no Acre


Um recurso em caráter urgente (agravo de instrumento com pedido de tutela provisória) foi enviado ao Tribunal Regional da 1ª Região, em Brasília, contestando a decisão judicial da 1ª Vara Federal do Acre que negou o adiamento da aplicação das provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) no Acre, mesmo com todos os argumentos fáticos e jurídicos apresentados pelo Ministério Público Federal (MPF), Ministério Público do Estado do Acre (MPAC) e Defensoria Pública da União (DPU).


No recurso, os autores mantém os mesmo argumentos da ação civil pública, enfatizando que manter a decisão, e portanto as datas de realização das provas, fragilizará, ainda mais, os custosos esforços dos cidadãos acreanos no combate à pandemia da Covid-19.


Segundo os órgãos autores da ação, é incongruente colocar o direito ao prosseguimento da vida acadêmica em posição superior ao direito à vida e à saúde, além do mais, adiar em alguns meses a aplicação das provas não retira de ninguém a possibilidade de exercer o direito à educação.


O recurso também questiona a impossibilidade de se garantir que a circulação dos estudantes para a realização das provas não irá potencializar a o agravamento da pandemia, com consequentes e graves implicações para a saúde pública.


Diante dos argumentos utilizados na decisão judicial atacada no recurso, o MPF, MPAC e DPU pediram que o Tribunal Regional determine o adiamento da aplicação das provas agendadas para os dias 17 e 24 de janeiro, até que existam condições para que isto aconteça com segurança, conforme atestado por órgão técnico, ou, que sejam remarcadas para data futura com a possibilidade de novo adiamento em caso de continuidade da calamidade sanitária.


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