Mãe de menina de 12 anos que foi estuprada no AC pede Justiça: ‘Ele está solto rindo da nossa cara’

Em Cruzeiro do Sul, a mãe de uma menina de 12 anos pede por Justiça pelo caso da filha, que foi estuprada há mais de um ano. Segundo ela, o principal suspeito é companheiro da tia da menina, que continua solto.


O caso ocorreu no dia 25 de dezembro de 2019 na cidade do interior do Acre. A vítima, que é da zona rural, foi passar o final de ano na cidade e teria sido abusada sexualmente pelo companheiro da tia.


A mãe relatou que estava conversando com as filhas sobre o que é abuso sexual e alertava que se algum dia um homem tentasse passar a mão nelas, que elas contassem para a mãe, porque isso era crime. Foi então que a adolescente entendeu que tinha sido vítima e revelou para a mãe.


“Ela ficou desinquieta e disse: ‘mãe, então eu fui abusada’. Ela contou que quando estava na tia, ele abusou dela. Ela entrou em pânico, puxava os cabelos, chorava, gritava, se mordia, se batia, ela desabafou. Acabou com a gente, passamos a noite inteira sem dormir e quando foi de madrugada a gente pegou um transporte e veio para delegacia e fez a ocorrência, fez exame. Nós temos lutado tanto de lá para cá por Justiça”, disse a mãe.


O estupro foi denunciado no dia 24 de julho de 2020. O suspeito se apresentou com advogado, foi ouvido e, em seguida, liberado. Segundo a mãe da menina, a vítima enfrenta um quadro depressivo grave. A dona de casa reclama da demora da Justiça.


“Tudo que pedem para a gente fazer, a gente faz, mas as autoridades, infelizmente não fizeram nada. Parou nossa vida, minha filha não tem mais vontade de viver de jeito nenhum e ele está solto, rindo da nossa cara, trabalhando normal. Então, só quero Justiça. Fiz tudo que tinha ao meu alcance, tudo que pediram para fazer e ninguém toma providência”, reclamou.


O delegado Leonardo Neves, responsável pela Delegacia Especializada em Atendimento à Mulher (Deam), em Cruzeiro do Sul, informou que o inquérito já foi concluído e confirma que houve violência sexual. O processo foi encaminhado à Justiça.


“Se trata de uma menor, questão de estupro de vulnerável, mas o andamento do inquérito policial tem seus ditames. Então, após ouvirmos todas as testemunhas, o depoimento da vítima, da mãe da vítima, comparamos com as provas materiais que a gente requisitou, o estudo psicossocial foi muito importante para corroborar com as palavras da vítima, também houve o exame de corpo delito, que corroborou, e juntando as três peças principais, a gente pode concluir e indiciar o então acusado”,


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