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Gasolina chega a quase R$ 6 em Cruzeiro do Sul, no Acre, após novo aumento

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Os motoristas sabem que está cada vez mais difícil e caro abastecer em Cruzeiro do Sul, no interior do Acre. Ao longo do ano de 2020, foram muitas variações no preço dos combustíveis e 2021 já começou com um novo reajuste e a gasolina na cidade chegou a R$ 5,95 nesta terça-feira (5).


O aumento é consequência do último reajuste anunciado pela Petrobras ainda no final do ano passado, quando informou que o preço do diesel seria elevado em 4% em suas refinarias e em 5% o da gasolina. A nova tabela já valeria a partir de 29 de dezembro. E o resultado é sentido pelo consumidor, já nos primeiros dias uteis de 2021.


O mototaxista José Eudes Lima, de 46 anos, trabalha nessa área há 20 anos e lamenta a situação. Ele disse ter ficado surpreso ao ver o preço da gasolina nas bombas, e afirma que não tem outra saída a não ser repassar o reajuste aos clientes.


“Esse aumento, no meu ponto de vista, foi um absurdo. Nosso país do jeito que está com tudo aumentando, a cesta básica, através do preço da gasolina aumenta tudo. Gostaria que as autoridades do nosso país e do estado tivessem dó da população e mudasse esse ritmo de aumento. Acredito que do jeito que vai, não podemos mais trabalhar, vai já chegar a R$ 10 o litro da gasolina aqui na nossa cidade. As pessoas reclamam porque a gente aumenta, mas vamos ter que repassar aos nossos clientes o aumento na passagem”, lamentou.


‘Todos queremos pagar mais em conta’


O funcionário público João Pereira diz que é até difícil acompanhar os reajustes. E cobra por não a mudança nos preços quando as refinarias baixam o valor do combustível.


“Isso cada vez mais está ficando uma comédia porque o combustível aumenta hoje, aumenta amanhã. Quando a refinaria dá uma baixa, diminui alguns centavos, eles passam semanas sem ir para a bomba. Quando a refinaria pensa em aumentar, já está nas bombas. O preço que nós estamos vendo aqui da gasolina é vergonhoso para o nosso país. Temos país vizinho aqui que a gasolina é quase de graça. O povo devia fazer uma greve e deixar o carro em casa, mas, muitos precisam do carro pra trabalhar. Então, falta fiscalização”, pontua.


O gerente de um posto de gasolina na cidade, Erenilson Paes, em entrevista à Rede Amazônica, disse que entende a reclamação dos consumidores e afirma que todos gostariam de pagar mais barato.


“Reclamar é natural porque a gente sabe que todos nós gostaríamos de pagar um preço mais em conta, você, eu, todos os consumidores também. Mas, a gente, todos vocês são testemunhas que no mês de dezembro tivemos três repasses da Petrobras aos postos e os donos de postos não repassaram esse aumento, sendo que agora, depois do 1º dia de ano, a gente foi obrigado a reajustar porque senão a gente também não teria condições de trabalhar”, contou.


O gerente disse que o reajuste tinha que ser feito. “Geralmente, quase todo mês, da virada do dia 15 para 16, quanto do dia 30 para o dia 1º, eles fazem reajustes. Quando é um percentual pequena, que dá para a gente absolver, a gente vai absolvendo, só que na somatória de dois, três, quatro ou cinco, somos obrigados a repassar, porque tem um momento que você não consegue mais trabalhar dentro daquela margem”, acrescenta.


Protesto


No ano passado, um grupo de motoristas chegou a protestar, por causa do aumento no preço da gasolina em Cruzeiro do Sul. O grupo de mototaxistas e motoristas de aplicativos se reuniu em frente ao Ministério Público Estadual (MP-AC) e depois os participantes saíram em carreata e fizeram um buzinaço. Eles abasteciam a R$ 2 e pediam nota, nos postos da cidade.


Naquele mesmo ano, o MP chegou a instaurar um inquérito civil para apurar denúncias de que postos em Cruzeiro do Sul não estariam repassando os descontos aos consumidores.


 


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