Após 17 dias de luta contra a Covid-19, o empresário Francisco Raimundo de Oliveira, de 66 anos, de Cruzeiro do Sul, no interior do Acre, morreu na noite desse sábado (9). A confirmação da morte do idoso foi dada pela prefeitura da cidade, que divulgou nota de pesar e disse que ele faleceu na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) de um hospital de São Paulo (SP).
Além dele, a esposa, Maria Oneilde Araújo de Oliveira, de 65 anos, a filha Janaína Araújo de Oliveira Lima, de 46, e o genro, que é médico, Marcelo de Melo Lima, de 49, também testaram positivo para a doença na mesma época.
A família é dona de uma rede de empresas, incluindo supermercados, postos de combustíveis, frigorífico e outros empreendimentos em Cruzeiro do Sul.
“Seu Raimundo Bananeira, como era popularmente conhecido, teve uma trajetória de vida dedicada ao Vale do Juruá, começando a trabalhar desde muito jovem na área do comércio. Empreendedor por natureza, com muito esforço e trabalho, se tornou um grande empresário, desempenhando um papel importante para o crescimento local, contribuindo, assim, com o desenvolvimento da região, gerando emprego e renda a inúmeras famílias de Cruzeiro do Sul e municípios vizinhos. Pedimos a Deus que conforte o coração de todos os familiares e amigos nesse momento de dor e pesar”, disse a prefeitura em nota.
Em reportagem, publicada no último dia 29 de dezembro, a filha de Oliveira, a também empresária Janaína Lima, informou que ele estava na UTI de um hospital particular de Rio Branco lutando contra a Covid-19. Segundo a prefeitura de Cruzeiro do Sul, após apresentar leve melhora, o empresário foi transferido para São Paulo, mas não resistiu. O G1 não conseguiu contato com a família neste domingo (10).
O empresário além de hipertenso também tinha diabetes. Ele deu entrada na UTI em Rio Branco no dia 23 de dezembro e foi entubado no dia 25. Na época, a filha chegou a dizer que o Natal foi dentro do hospital, e que o Ano Novo também provavelmente seria. “A expectativa é de que a gente saia pela porta da frente do hospital”, disse otimista.
Sobre a mãe dela, que também tinha sido infectada, Janaína afirmou que a idosa estava bem, ainda tomando a medicação e que não precisou ficar na UTI. Dos quatro, apenas Janaína não precisou ficar internada. A filha dela não pegou a doença.
Corrente de oração
A empresária contou ainda, na época, que a família tinha iniciado uma corrente de oração pelas redes sociais para que todos se recuperassem bem e voltassem para casa logo.
“Essa doença age diferente em cada pessoa, mesmo se não tiver comorbidade, ela pode ser letal. Faço um apelo para todo mundo: se cuidem, porque é triste essa doença. Não é uma gripezinha, ela mata mesmo, acaba com o organismo das pessoas”, se emocionou.
Janaína explicou que sempre tomou todos os cuidados para evitar a doença, mas acabou se infectando. O pai, por trabalhar no comércio, foi um dos primeiros a testar positivo para a doença. A empresária mora em uma casa com o marido e a filha e os pais em outra residência.