Tio suspeito de matar sobrinho após descobrir traição no Acre deve ser indiciado por homicídio


O suspeito de matar o jovem Sérgio Costa da Silva, de 22 anos, com uma facada no sábado (28), no Ramal das Bananeiras, na zona rural do município de Rodrigues Alves, no interior do Acre, foi ouvido pela Polícia Civil nesta terça-feira (1º) e confessou o crime.


Ele foi ouvido e liberado para responder em liberdade. Segundo o delegado responsável pelas investigações, Vinícius Almeida, o suspeito é agricultor e deve ser indiciado por homicídio.


O agricultor era tio de Sérgio da Silva. Ele se apresentou à polícia na segunda (30) com um advogado. No depoimento, o suspeito confirmou que matou o sobrinho após descobrir um caso amoroso de dele com sua esposa.


Após a descoberta, o suspeito alegou que proibiu o sobrinho de frequentar a casa dele. Contudo, Silva passava sempre em frente à casa do tio proporcionalmente. No sábado, Silva teria passado de novo em frente da casa e, então, o suspeito pegou a motocicleta e seguiu o sobrinho pelo ramal.


“A motivação se deu em decorrência de uma traição. A vítima frequentava a casa do autor, era sobrinho legítimo. Há uns 20 dias descobriu a traição. Proibiu o Sérgio de frequentar a casa dele, mas ele passava na frente uma três ou quatro vezes. No dia do crime passou de novo, de moto, e ele falou: ‘vou lá pedir para ele não passar de novo'”, explicou o delegado Vinícius Almeida.


Depoimento


Ainda segundo a polícia, o suspeito foi ao encontro do sobrinho com uma faca na mão. Sérgio da Silva sacou uma escopeta ao ver o tio se aproximando e teria dado um tiro nele. Um amigo da vítima estava no local, mas alegou que não ouviu o disparo e nem viu nada porque saiu correndo do lugar.


“Diz ele que se aproximou para conversar, mas o Sérgio puxou uma escopeta e disparou contra ele. Realmente ele está com a barriga cheia de chumbo. Tem uma testemunha que estava lá disse que não viu nada, não ouviu. A história é essa”, destacou.


Almeida disse que as investigações devem seguir e outras testemunhas vão ser ouvidas. Segundo o delegado, as provas colhidas até agora não apontam para uma legítima defesa, uma vez que o suspeito pode ter mentido sobre o tiro que recebeu.


“O lugar era esmo e só ficou a palavra dele. O cara que podia ajudar na situação, que estava com o Sérgio, disse que não viu nada, que correu quando viu o autor se aproximando. Será indiciado por homicídio. Não acredito em legítima defesa, mesmo com o tiro no abdômen, não descarto a possibilidade de ter ido para casa e ter dado o tiro nele mesmo para conseguir o álibi. A testemunha não ouviu o disparo, esse disparo não foi grave”, concluiu.


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