Cerca de 200 produtores rurais estão pedindo ajuda do governo do Estado, para tentar frear a ação das quadrilhas organizadas que estão atacando as propriedades rurais, levando gado, equipamentos, máquinas e veículos e deixando um rastro de violência onde passam.
Segundo a Federação da Agricultura e pecuária do Acre, 300 cabeças de gado estão sendo furtadas por semana nas propriedades, que englobam Rio Branco, Senador Guiomard, Bujari, Acrelândia e Plácido de Castro. Em média são 5 ocorrências por dia. Por outro lado, a polícia não consegue dar uma resposta e chegar aos grupos criminosos.
Um produtor que não quis se identificar, reclamou que foi uma vítima, na qual os bandidos levaram R$ 50 mil em equipamentos, veículos e até tratores. “Os ladrões amarraram o funcionário da fazenda e só saíram quando tiraram tudo. A gente não sabe mais o que fazer. Vários vizinhos já foram vítimas também. Pagamos nossos impostos e na hora que precisamos do estado ele não ajuda”, relatou.
Há suspeitas de que muitos animais são abatidos no campo e a carne vendida em açougues sem a liberação sanitária. Outra linha de investigação é que parte desse gado está sendo levado para terras bolivianas.
No mês passado um produtor do município de Bujari, procurou a polícia para tentar encontrar um gado roubado. Dois dias depois, descobriu os animais mortos dentro de um buraco em um ramal do município.
A polícia acredita que alguma coisa impediu a retirada dos animais, por isso foram deixados para a morte.
Os produtores se organizaram e enviaram um projeto de lei para a Assembleia Legislativa criando o pelotão rural, onde o estado seria obrigado a montar uma patrulha e até uma delegacia especializada, mas enquanto a matéria não vira lei, os produtores querem uma ação urgente da Secretaria de Segurança para inibir as quadrilhas que se especializaram nesse tipo de crime.