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Quadrilha que agiu em Criciúma começa a ser desarticulada

Até a noite desta quinta-feira (3), nove pessoas foram presas suspeitas de participarem no crime. A origem da quadrilha que assaltou o Banco de Criciúma tem DNA paulista.



A origem da quadrilha que assaltou o Banco do Brasil de Criciúma na madrugada de terça-feira tem DNA paulista e faccionado. O delegado Anselmo Cruz já havia revelado que o bando poderia ser originário de São Paulo, e com integrantes de diversos pontos do Brasil. Até a noite desta quinta-feira (3), nove pessoas foram presas suspeitas de participarem no crime.


Com as prisões, a suspeita inicial sobre a origem da quadrilha, antecipada pelo titular da Delegacia de Roubos e Antissequestros da Deic (Diretoria Estadual de Investigação Criminal) de Santa Catarina, delegado Anselmo Cruz, cumpriu-se.


Quadrilha que agiu em Criciúma começa a ser desarticulada. Dois dos envolvidos no assalto a banco em Criciúma foram presos pela Polícia Civil do RS – Foto PCRS – Foto: PCRS/ Divulgação/ ND/ ECOS

Um dos presos em Gramado, na serra gaúcha, é uma das lideranças da facção criminosa paulista PCC (Primeiro Comando da Capital), com ramificações em todo país, inclusive em Santa Catarina, e considerada de altíssima periculosidade.


 


Ele, e mais cinco pessoas, foram encontrados, na manhã dessa quinta-feira, em um chalé de luxo, reservado via site de hospedagem desde segunda-feira (30) com duração até este domingo (6).


A informação foi divulgada quase que de forma simultânea à ação, no exato momento em que a Polícia Civil concedia uma entrevista coletiva de forma on-line sobre as prisões anteriores.


Um dos criminosos tinha plano de resgate audacioso

Márcio Geraldo Alves Ferreira, vulgo Buda, natural de Minas Gerais, segundo a Deic do Rio Grande do Sul, teria atuação direta no roubo que sitiou a cidade do Sul catarinense, considerado oficialmente pela alta cúpula da segurança pública do Estado como o maior assalto registrado na história catarinense. Telefonemas interceptados teriam levado ao paradeiro, resultando no cumprimento de um mandado de busca e apreensão.


Dentre as diversas ações audaciosas de Buda está a tentativa de resgate do “grande chefe” do crime organizado, o Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola, em 2014.


Na época, Buda era considerado foragido há quatro anos. Assim como o assalto em Criciúma, a tentativa de fuga de Marcola do sistema prisional foi considerada audaciosa e cinematográfica.


 A polícia apurou que os integrantes da facção criminosa iriam resgatar Marcola, da Penitenciária de Presidente Wenceslau, no interior de SP, de helicóptero, o qual, segundo o plano divulgado pela polícia, pousaria no pátio da unidade prisional e seguiria para outro Estado onde, de lá, Marcola continuaria a fuga em um avião.


Atualmente, Marcola cumpre pena na Penitenciária Federal de Brasília, no Complexo da Papuda. O plano não deu certo e Buda foi preso, mas solto anos depois devido a um habeas corpus. Livre, voltou ao crime e então foi novamente capturado ontem após a ação em Criciúma que ganhou destaque até internacional.


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