O Ministério Público do Acre (MP-AC) instaurou um procedimento investigatório criminal para apurar a morte de um suspeito de estupro de vulnerável durante abordagem da polícia em Mâncio Lima, interior do Acre, na quarta-feira (9). O homem morreu após levar dois tiros da equipe ao reagir a abordagem e tentar ferir um policial com uma faca.
A Polícia Civil recebeu a denúncia de que o homem, que tinha 63 anos, abusava sexualmente de uma menina de 12 anos, em Mâncio Lima, e enviou uma equipe para o local. Ao chegar na casa, o suspeito teria recebido os policiais de forma grosseira e partiu para cima de um deles com um punhal em mãos.
O policial, então, atirou no suspeito para impedir que fosse agredido. O homem não teria cessado o ataque e um policial, que acompanhava a ação da janela de casa, disparou um segundo tiro contra o homem. Após os disparos, o suspeito teria passado a ser ferir com a faca.
Uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionada, levou o suspeito para o Hospital do Juruá, em Cruzeiro do Sul, cidade vizinha, mas ele morreu durante atendimento.
Nessa sexta-feira (11), o MP-AC, por meio da Promotora de Justiça signatária, publicou a portaria de instauração do inquérito. O órgão quer saber ao certo como tudo aconteceu, o que levou a morte do suspeito e investigar toda a ação policial.
“Não sei de onde o Ministério Público tirou que eu disse que a causa morte foram as estocadas. De forma alguma, a causa morte foi os tiros, não tem outra. Foram estocadas superficiais. Já tiro desde já essa dúvida, vamos acompanhar esse procedimento, que é padrão, e a corregedoria também vai instaurar um inquérito para apurar a ação policial”, explicou o delegado responsável pelo caso, Lindomar Ventura.
Investigação
Ventura acrescentou que continua a investigação do caso para tentar descobrir outras vítimas do suspeito. Segundo ele, a polícia soube que uma irmã mais nova da menina de 12 anos também frequentava a casa do homem.
“Ainda é muito recente, mas estamos pedindo apoio e o trabalho do Conselho Tutelar para verificar se tem alguma denúncia já anterior e a própria família da vítima que já foi identificada. Ela tem irmã e a gente soube que, alguma ocasião, essa irmã acabou indo com essa menina para mesma casa. Mas, não dá para afirmar nada com relação a outra vítima”, frisou.