Júri de quadrilha acusada de matar motorista de aplicativo em Rio Branco é adiado pela segunda vez


Motorista foi achado morto em estrada de Rio Branco em abril de 2018 — Foto: Arquivo pessoal


Pela segunda vez, o júri dos quatro suspeitos de matar e queimar o corpo do motorista de Uber Arthur da Silva Melo, de 26 anos, encontrado carbonizado dentro do carro na Estrada do Quixadá, em Rio Branco, em abril de 2018, foi adiado. O julgamento estava marcado para começar às 8h30 desta segunda-feira (21) na 1ª Vara do Tribunal do Júri.


A informação do adiamento foi confirmada pela juíza Luana Campos. Segundo ela, o delegado da Delegacia de Homicídio e Proteção à Pessoa, Cristiano Bastos, que seria ouvido como testemunha, não compareceu ao julgamento e também não foi localizado. Agora, o júri só deve ser remarcado para ocorrer em fevereiro ou março do ano que vem.


“Nós estamos aqui até agora, o delegado de polícia não compareceu e eu vou ter que adiar novamente, infelizmente. Do judiciário não é culpa, nós estamos aqui. Foi informado que ele estaria de férias, mas nos autos não tem nada dizendo. Ainda vou marcar o próximo”, disse a juíza.


Entre os réus estão: Sávio Jó Lima, Sidney da Silva, Iara Soares Mendes e Kennedy dos Santos. Cinco testemunhas foram chamadas para o julgamento.


O julgamento dos quatro já tinha sido marcado para o último dia 1 de dezembro, mas foi adiado também por ausência de testemunhas.


Sávio Lima chegou a ser considerado foragido, mas acabou preso no início de maio de 2019 quando tentava sair de Rio Branco com droga. Segundo as investigações, Lima contou com a ajuda do irmão, Sidney Silva, e da namorada, Iara Mendes, na execução do crime. Além deles, Kennedy dos Santos é quem dirigia o carro.


Sidney da Silva, Sávio Lima e Iara devem ser julgados pelos crimes de homicídio qualificado e ocultação de cadáver. Já o réu Kennedy dos Santos foi pronunciado por ocultação de cadáver.


Arthur Melo levou um tiro na cabeça antes de ser queimado dentro do carro. Na época, o delegado responsável pelo caso, Cristiano Bastos, falou que a vítima foi queimada ainda quando estava viva.


A Uber chegou a enviar ao G1 uma nota na época do crime lamentando a morte do motorista. “Atuava como motorista parceiro, mas, pelas informações obtidas, não estava usando a plataforma no momento do crime. Portanto, o crime não tem qualquer relação com sua atividade pelo aplicativo”, resumiu.



Sávio Lima preso em maio de 2019 quando tentava sair de Rio Branco com droga — Foto: Divulgação PC/AC


Crime


O crime ocorreu dentro da residência do motorista de aplicativo de transporte, segundo o delegado responsável pelo caso.


Ainda conforme Cristiano Bastos, Sávio Lima acreditava que o motorista levava informações para uma organização criminosa rival da qual ele pertence e, por isso, ele decidiu executar a vítima e efetuou um disparo na nuca.


Ao chegar na estrada do Quixadá, os suspeitos atearam fogo no veículo e mataram a vítima carbonizada. Isso porque, de acordo com o delegado, nesse momento ela ainda respirava. Uma moradora da Estrada do Quixadá, em Rio Branco, acionou a polícia após


 


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