Após uma postagem nas redes sociais pedindo uma laqueadura para a mãe, a jovem Sheila Clementino, 20 anos teve seu pedido atendido pelo Tribunal de Justiça de Epitaciolândia, interior do Acre.
Na postagem, a jovem pedia ajuda para construir uma casa e uma cirurgia de laqueadura para mãe dela, Valdelina Rocha, de 39 anos, que é mãe de 10 filhos.
No pedido a jovem explicou que a mãe tem problemas mentais e estaria grávida do décimo filho.
A postagem com a história acabou chegando até a juíza da comarca que pegou o caso e expediu a liminar para que a cirurgia fosse feita.
Entenda as etapas até Sheila conseguir a cirurgia da mãe
Sheila contou ao que devido os problemas que enfrenta, a mãe nunca tinha dado entrada no pedido no SUS, mas, quando viu a mãe grávida mais uma vez e sem ter muito o que fazer, fez uma postagem em uma rede social, onde pedia ajuda para construir uma casa para a mãe e também pela laqueadura. A história acabou chegando até a juíza da comarca que pegou o caso e expediu a liminar para que a cirurgia fosse feita.
“Há uns anos me aproximei para conhecer ela e a história dela. Vi que foi tendo filhos e quando cheguei aqui disse: Isso tem que acabar. Procurei qual órgão podia ver a situação dela. Vi que era o Ministério Público, mas, não pude ir lá por causa da pandemia. Não conseguia entrar no site, foi quando decidi postar na internet e pedi ajuda para construir a casa dela e pela laqueadura”, contou.
“Graças a Deus que o estado apoiou, o MP, Capes e até mesmo do hospital. Pensei que ia demorar muito essa laqueadura dela porque não teve o bebê cesárea. Ela chegou dia 11 de novembro para ganhar e, no outro dia, liguei para a advogada preocupada com o que iria acontecer. Mas, com essa situação ia ser só com 45 dias, liguei para a advogada que fez o possível e, graças a Deus, conseguimos fazer a laqueadura. Fiquei muito feliz”, contou.
A advogada Elizangela Schwalbe foi nomeada como dativa da mulher, e disse que a decisão só saiu horas depois do nascimento do bebê, mas, devido uma lei garante que o procedimento seja feito até 24 horas depois, o procedimento foi feito.
“Como ela não tem nenhuma ação de interdição e aqui muitos conhecem a história dela, das crianças que foram abrigadas, a juíza da comarca se sensibilizou e entrei com a ação de obrigação de fazer contra o estado para que pudesse resolver. E, a cirurgia só aconteceu naquele dia porque movemos mundos e fundos. A criança nasceu antes da hora e o hospital não tinha sido citado ainda”, contou.
Sheila disse que o objetivo é de conseguir terminar a construção da casa da mãe e dar apoio para que ela consiga criar o bebê recém-nascido. Ela contou que Valdelina está sendo acompanhada pelo Centro de Atenção Psicossocial (Caps) da cidade e acredita que a mãe vai conseguir. A jovem conseguiu a laqueadura da mãe e casa nova, agora, ela tenta mobiliar, e pagar o carpinteiro pela obra.