A festa de ano-novo que terá a presença de Neymar, em Mangaratiba, no litoral sul do Rio de Janeiro, repercutiu na imprensa fora do Brasil de forma bastante negativa.
Os veículos criticaram o jogador do Paris Saint-Germain por realizar um grande evento, com a presença de centenas de pessoas, em meio à subida de casos de coronavírus no País.
O jornal italiano Gazzetta Dello Sport destacou que, apesar dos celulares não poderem entrar no evento que será realizado em uma vila particular alugada, a polêmica explodiu na internet por conta dos problemas com a covid-19, definindo o Brasil como “curvado” pelo vírus.
A publicação usa a manchete “na face da covid” e diz que é uma “tempestade”.
Já o francês LÉquipe classificou o evento como “a festa da discórdia no Brasil”. “Apesar da pandemia de covid-19 que está devastando o Brasil, Neymar, número 10 do Paris Saint-Germain, está organizando uma festa de vários dias que reunirá centenas de convidados, perto do Rio”, escreveu o veículo em sua matéria.
“Um réveillon que questiona por completo a covid-19”, disse o Le Figaro em sua manchete sobre a festa.
Com certa dose de ironia, o espanhol Marca noticiou que a festa “só” terá 150 convidados, em vez dos 500 que haviam sido informados inicialmente pelo colunista Ancelmo Gois, do jornal O Globo.
Manchete parecida com a que fez o jornal A Bola, de Portugal. De volta à Espanha, o jornal Mundo Deportivo, de Barcelona, informa que a assessoria de imprensa do jogador não confirmou e nem negou que ele seja o anfitrião da festa, mesma linha editorial adotada pelo Sport, também de Barcelona, que ainda destaca a possibilidade de Neymar voltar ao país.
Na Inglaterra, os tabloides Daily Mail e The Sun destacaram precauções tomadas por Neymar, como as relativas aos celulares e a construção de uma discoteca com isolamento acústico em um casarão para não incomodar os outros moradores da cidade de Mangaratiba, além do momento crítico da pandemia no Brasil, com o número de mortes pelo vírus ultrapassando 190 mil pessoas.
Já o The Guardian definiu a festa como “macabra” e disse que Neymar é acusado de “dançar nos túmulos da pandemia”. Nos Estados Unidos, o portal MSN foi outro a destacar o tamanho da festa.