O Conselho Regional de Enfermagem do Acre (Coren) deu início aos julgamentos do enfermeiro acusado de ter abusado moral e sexualmente de cinco mulheres em Rio Branco. O crime teria acontecido em 2019 nas dependências da Unimed, onde ele trabalha até hoje, ocupando, segundo informações, um dos postos de liderança na unidade.
Existem no Coren três processos contra o enfermeiro. As vítimas querem a cassação da licença do homem, que também trabalha para o estado por meio do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).
Três dos cinco processos foram julgados nesta semana pelo conselho. Um deles foi arquivado. No outro, o homem recebeu as penas de multa mais censura. No terceiro caso, o Coren votou apenas pela censura.
As decisões provocaram insatisfação nas vítimas, que vão recorrer ao Conselho Federal pela cassação da licença. Nesta quarta, elas protestaram em frente à sede do Coren com cartazes pedindo justiça.
Também há processos tramitando contra o onfermeiro no Ministério Público do Trabalho (MPT) após as mulheres terem denunciado o homem ao Centro de Atendimento à Vítima (CAV) do Ministério Público do Acre (MPAC).
Três das cinco vítimas foram demitidas da Unimed. Elas alegam que a demissão se deu por conta das denúncias de assédio que levaram adiante. Uma delas estava grávida e afirma ter perdido o bebê durante o andamento do caso.
“Quero que ele nunca mais atue na área. Aquele era o meu primeiro emprego, adorava o que fazia, até encontrar com esse cara. Foi horrível o que passei. A gente, que é vítima, acaba se culpando pelo que acontece”, disse uma das denunciantes.
A reportagem tentou contato com a Unimed para saber o posicionamento da empresa em relação ao julgamento, mas sem sucesso.