Desemprego na pandemia registra aumento no Acre e afeta 40 mil pessoas, aponta IBGE


O desemprego diante da pandemia aumentou em outubro no Acre, de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgados nessa terça-feira (1º). Segundo a pesquisa, o estado encerrou o décimo mês do ano com um contingente 40 mil pessoas desocupadas.


A taxa de desocupação no Acre foi de 13,5% em outubro. Em setembro, a taxa estava em 13%, quando 38 mil pessoas estavam sem trabalho, de acordo com o IBGE. O estado possui a 14ª menor taxa do Brasil. Veja no gráfico abaixo.


No Brasil, o desemprego atinge 13,8 milhões de pessoas, o que representa uma taxa de 14,1%. O número é o novo recorde da série.


Afastamentos e home office


O levantamento aponta ainda que 20 mil pessoas estavam afastadas do trabalho em outubro por causa do distanciamento social. Em setembro, 25 mil pessoas estavam afastadas.


O maior número de afastamentos foi registrado em maio, atingindo 61 mil trabalhadores.


A pesquisa indicou ainda que outros 12 mil trabalhadores estavam trabalhando remotamente, em outubro. O dado referente ao mês é o menor da série, iniciada em maio. O pico de acreanos em home office foi registrado também em maio, quando 17 mil trabalhadores estavam no regime.


Renda


O rendimento médio dos trabalhadores ocupados no Acre ficou em R$ 1.747, em outubro. O valor é R$ 31 menor na comparação com setembro, quando a renda média era de R$ 1.778. Em maio, a média estava em R$ 1.736. O maior valor foi em julho quando chegou a R$ 1.885.


Com relação ao rendimento médio de pessoas que recebem o Auxílio Emergencial, o estudo aponta que também caiu de R$ 972, em setembro, para R$ 821 em outubro.


Pesquisa


O levantamento foi feito por meio da Pnad Covid19, versão da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua realizada com apoio do Ministério da Saúde para identificar os impactos da pandemia no mercado de trabalho.


Apesar de também avaliar o mercado de trabalho, a Pnad Covid19 não é comparável aos dados da Pnad Contínua, que é usada como indicador oficial do desemprego no país, devido às características metodológicas, que são distintas.


Os dados da Pnad Contínua mais atuais são referentes ao trimestre terminado em setembro, quando oAcre atingiu taxa de desemprego recorde, de 17,1%, com cerca de 57 mil de pessoas em busca de uma oportunidade no mercado de trabalho.


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