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Defesa de vereador do Acre investigado por compra de votos diz que PF não tinha mandado para apreender dinheiro

PF faz operação contra esquema de compra de votos envolvendo candidato a vereador reeleito em Rio Branco pelo MDB — Foto: Divulgação/Polícia Federal

A defesa do vereador reeleito Célio Gadelha (MDB) se posicionou, nesta sexta-feira (4), por meio de nota sobre a Operação Intruder Brother da Polícia Federal que investiga possível crime de corrupção eleitoral (compra de votos).


Segundo a defesa, a polícia apreendeu cerca de R$ 2 mil na casa do vereador, mas que não havia autorização judicial para apreender o valor.


“Ao mesmo tempo, repudia que a Polícia Federal encaminhe foto do valor de aproximadamente R$ 2 mil apreendido em sua casa, e que sequer tinha autorização judicial para apreender, por não ter relação ao objeto do que se encontra investigado, para causar uma espetacularização do processo”.


Ainda na nota, a defesa informou que contribuiu com as investigações e que não há nada que manche sua integridade. Destacou também que a verdade vai ser estabelecida.


A PF informou que não vai se posicionar.


Investigação


O crime teria sido praticado na véspera do 1º turno das eleições municipais de 2020. Foram cumpridos cinco mandados de busca e apreensão em Rio Branco, sendo um deles na casa do candidato pelo MDB, Célio Gadelha, reeleito com 1.293 votos. Também foram feitas oitivas de testemunhas dos investigados.


A PF investiga ao menos 15 funcionários de uma empresa de grande porte que teriam recebido dinheiro e ‘santinhos’ em troca de votos para o vereador Célio Gadelha.


À equipe da CBN Rio Branco, o presidente do MBD, deputado Roberto Duarte (MDB), disse que não poderia se posicionar sobre o caso, pois ficou sabendo da notícia pela imprensa, mas que vai aguardar o andamento das investigações e que deve se posicionar novamente ainda nesta sexta. O G1 ainda tenta contato com o advogado do vereador, bem como o advogado do partido.


Investigações


As investigações da PF apontam que o irmão de um candidato ao cargo de vereador e um cabo eleitoral teriam entrado em uma empresa de grande porte da cidade para reunir vários funcionários e distribuir santinhos e uma grande quantidade de dinheiro em troca de votos. O valor que teria sido distribuído não foi informado.


Além de quem distribuiu e comprou os votos, os funcionários que receberam dinheiro também são investigados, já que é crime solicitar ou receber dinheiro ou qualquer outra vantagem para obter ou dar voto, de acordo com a PF. As penas podem chegar a quatro anos de reclusão.


Nome da Operação


O nome da operação faz referência ao modus operandi da prática criminosa, no qual o irmão do candidato invadiu uma empresa de grande porte, reuniu-se com seus funcionários, pediu voto e distribuiu santinhos e dinheiro.


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