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Covid-19: médicos são ameaçados de morte por negacionistas antivacina na França


A denúncia é séria e vem preocupando o setor médico na França. Com a aproximação da campanha de vacinação, os médicos franceses vêm sendo cada vez mais vítimas de ameaças, especialmente nas redes sociais.


Uma situação denunciada com veemência pelo sindicato UFML, a União Francesa para uma Medicina Livre, com o objetivo de alertar e incentivar os médicos a fazerem denúncias caso sejam vítimas de ameaças.


Conforme a campanha de vacinação contra a Covid-19 se aproxima, os médicos franceses vêm relatando ameaças cada vez mais urgentes e violentas, como as testemunhadas pelo Dr. Jérôme Marty, presidente do sindicato União Francesa para uma Medicina Livre (UFML).


“Fomos acionados por vários médicos que vêm, na verdade, recebendo ameaças de diferentes formas e através de diferentes canais – e eu mesmo também as recebi. Essas ameaças geralmente emanam de movimentos de teorias da conspiração ou negacionistas, antimáscaras ou antivacinas, e podem chegar facilmente até ameaças de morte”, relatou o clínico geral à RFI.


“Isso é absolutamente inaceitável. Recebo ameaças dizendo que serei enforcado ou que minha vida será extinta. E outros médicos receberam ameaças vindas de estruturas que podem ser encontradas na internet onde são solicitados a parar de trabalhar, a não iniciar a vacinação, porque naquela hora eles se tornariam fora da lei e seriam processados. Coisas assim não são admissíveis no período que estamos vivendo e que também não são admissíveis fora deste momento”, pontuou o médico.


Por que a pressão está aumentando sobre os médicos?


Para Jérôme Marty, “o novo coronavírus já está instalado nesta pandemia há doze meses, então os movimentos conspiratórios já tiveram bastante tempo para se desenvolver”.


“A vacina também se tornou uma ferramenta de instrumentalização política. Dizem às pessoas que, se alguém tomar a vacina, esta pessoa estará apoiando o governo. Dizem que você vai matar pessoas porque existe uma conspiração internacional para erradicar toda uma parte da população”, retrucou o médico.


 


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