Após seis anos em obras e atraso na entrega, o Aquiri Shopping foi inaugurado e aberto ao público, na manhã desta quarta-feira (30), em Rio Branco. Pelo menos 480 camelôs que trabalhavam no Calçadão da Benjamin Constant foram transferidos para o local.
No dia 7 de dezembro, foi feita aentrega da obra durante uma solenidade. No mesmo dia, um grupo de 30 camelôs precisou ser realocado para a construção da calçada em frente à entrada principal no prédio. Durante a inauguração nesta quarta, a estrutura no Calçadão começou a ser demolida.
Em obras desde 2014, o Shopping Popular estava previsto para serentregue no mês de agosto. O empreendimento foi uma das principais promessas de campanha da gestão. Obra custou cerca de R$ 23 milhões.
Em julho deste ano, foi aprovada a lei que terceiriza a http://ecosdanoticia.net/wp-content/uploads/2023/02/carros-e1528290640439-1.jpgistração do Shopping que deve ser http://ecosdanoticia.net/wp-content/uploads/2023/02/carros-e1528290640439-1.jpgistrado pela iniciativa privada por um prazo de seis anos. Antes da aprovação, o PL chegou a ser retirado de pauta na Câmara de vereadores, a pedido dos camelôs que queriam ser ouvidos e pediam alterações no PL.
“Para a cidade, também para a comunidade é um marco a entrega desse empreendimento. O Aquiri Shopping organiza o trabalho de mais de 400 famílias e quem sabe eles agora passem a gerar outros empregos e, ao mesmo tempo, a obra possibilita a requalificação urbanística da área central da nossa cidade”, disse a prefeita Socorro Neri.
A prefeita ainda informou que há um outro projeto para a requalificação tanto da Benjamin Constant quanto da Quintino Bocaiúva, e região central, como encostas do Rio Acre no entorno no Mercado Elias Mansour, do Terminal Urbano. Ela disse que os recursos já estão assegurados tanto por meio de emendas como do PAC.
“População de Rio Branco vai ganhar muito. E nós vamos sentir isso à medida que o projeto da requalificação urbanística for executado pelo prefeito eleito, Tião Bocalom, que toma posse agora no dia 1º de janeiro”, acrescentou.
A permissionária Maria José Costa Silva trabalha como camelô há 20 anos. Foi com esse trabalho que ela sustentou e continua o sustento da família. Trabalho que agora vai ser em um local mais adequando e ela comemora.
“Era muito difícil. Eu, graças a Deus, já entrei legalizada, mas vi o sofrimento das pessoas lutando pela sobrevivência. Além de sol, chuva, a preocupação que não tinha muita opção. Hoje, temos uma casa, um lugar para a gente trabalhar. Estou muito agradecida”, comemorou.
Ela diz esperar por uma boa movimentação e que as pessoas vão procurar os vendedores. “Eles estavam mais ansiosos do que nós, sempre perguntavam quando. Quando a prefeitura adiava e não cumpria a meta de entrega, eles sofriam junto com a gente. Então vão estar com a gente, vai dar certo.”
Centro comercial
O centro comercial que deve abrigar pelo menos 500 camelôs deve ficar subdividido entre lojas e quiosques para atividades que devem se sujeitar a obrigações, a serem determinadas pelo Executivo municipal.
Para trabalhar no shopping, os comerciantes, foram cadastrados na Secretaria Municipal de Finanças (Sefin). A concessionária deverá se responsabilizar, de maneira direta ou indireta, pelos serviços de manutenção, limpeza, higienização dos banheiros, segurança e outros que garantam a preservação do prédio e o cumprimento das normas relativas à saúde pública é o que determina a lei.
No Aquiri Shopping só será permitida a atuação dos comerciantes que têm locação na área. Além disso, a lei proíbe a venda de mercadorias ilegais.