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Após 10 anos, hospital do Acre é condenado a pagar R$ 20 mil por morte de bebê


Equipe médica do Hospital Santa Juliana teria demorado para retirar criança, que nasceu com o cordão umbilical enrolado no pescoço e morreu três dias depois na UTI — Foto: Caio Fulgêncio/G1


O Hospital Santa Juliana, em Rio Branco, foi condenado a pagar R$ 20 mil pela morte de um bebê após o parto em 2010. A sentença foi divulgada pelo Tribunal de Justiça do Acre (TJ-AC) e cabe sentença.


O casal entrou na Justiça após o filho morrer três dias após o nascimento. Segundo o advogado de defesa, a criança passou do tempo de nascer e foi internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) após o parto, mas não resistiu.


“Na época, era o primeiro filho do casal, primeira gestação. Ela fez todo pré-natal, chegou por volta de 1 hora da manhã e só por volta do meio-dia que fizeram o parto. Demorou muito, o bebê foi para UTI e morreu três dias depois”, explicou o advogado do casal, Lázaro Barbosa.


Ao G1, o Hospital Santa Juliana afirmou que a assessoria jurídica da unidade avalia a situação e, por enquanto, não vai se pronunciar.


Falta de exame


Ainda segundo a sentença, a Justiça detectou que faltou a realização do exame eco-doppler por parte da equipe. O procedimento iria identificar se a criança tinha oxigenação, como estavam os batimentos cardíacos


“A juíza verificou a ausência do exame, que iria dizer se o médico faria o parto cesariano ou normal. Era o primeiro filho, mas foi negligência porque ela já teve outros dois filhos e não teve problema.


Ainda segundo o advogado, a mãe teve uma gestação normal e sem problemas. No dia do parto, a criança foi retirada com o cordão umbilical enrolado no pescoço.


“Estouraram a bolsa dela, mas demoraram muito. Quando chamaram o médico para fazer a anestesia, ele disse que estava ocupado, que depois ia, mas não foi. Foram muitos momentos de sofrimento, só fizeram o parto quando o médico viu que os batimentos estavam baixos”, concluiu.


 


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