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Acreanos pagam mais caro pela ceia de Natal em 2020


Entre as inúmeras adversidades provocadas pela pandemia do novo coronavírus, uma delas impacta diretamente nas comemorações natalidades de 2020. A alta no preço dos produtos alimentícios, decorrente da queda de produção e até consumo no momento mais crítico da pandemia, fez com que os itens principais da ceia de Natal ficassem mais caros nos supermercados do Acre e do restante do país.


Na capital acreana, o consumidor está gastando em média R$ 100 pelo peru com cerca de 4 quilos. O chester congelado da marca perdigão custa 18,48 o quilo. O pernil semidesossado da marca sadia custa pouco mais de R$ 115 numa peça de aproximadamente 4 quilos.


“Cada ano fica mais difícil. Está sempre mais caro e esse ano piorou por conta da pandemia. Realmente, estamos vendo que subiu muito os preços em comparação ao ano passado”, diz a professora Emanoela Ribeiro, de 34 anos, cliente de um supermercado de Rio Branco.


Na pesquisa feita pelo ac24horas, foi constatado que entre os supermercados não há significante variação de preços na capital. O peru Sadia congelado, por exemplo, sai 4 kg por 90,77 num estabelecimento. Em outro, o peru Seara assa fácil custa R$ 105, 98 em pouco mais de 4,5 quilos e o sadia R$ 87,66 a cada 4,5 quilos. O Blesser aurora sai por 15,90 o quilo. Num terceiro supermercado de Rio Branco, o peru Seara temperado está R$ 62,97 por 3 quilos.


O Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV-IBRE) informou neste mês de dezembro que pelo menos 16 itens da ceia de Natal tiveram aumento médio de 15%. O pernil de porco subiu 31% e o arroz atingiu 62%. O aumento se deu em comparação ao período de dezembro de 2019 e novembro deste ano.


Alimentos mais comuns como batata inglesa, cebola, ovos, carne suína, azeite, sucos de fruta e refrigerantes, também sofreram aumento. O arroz é o que mais disparou durante a pandemia de Covid-19. Ao longo de 2020, chegou a custar mais de R$ 30 o saco com 5 kg, resultando num aumento de 62,08%.


Só nesse mês de novembro, a batata-inglesa teve aumento de 30%; o tomate 18,35%, óleo de soja 9,24% e a carne 6%. Além disso, a inflação teve seu maior registro para o mês em cinco anos no último mês de novembro, conforme o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).


O Instituto Brasileiro de Economia garante que o aumento atingiu os itens mais usados na ceia de Natal, principalmente proteínas, como carne bovina, suína e frango. O azeite, vinho e bacalhau tiveram aumento acumulado de 15% nos últimos 12 meses.


Com isso, só resta aos consumidores criatividade e muito planejamento para seguir com a tradição da ceia de Natal em meio às dificuldades financeiras impostas pela pandemia. “A gente tem que pesquisar e fazer uma mudança nos costumes. Trocar um item mais caro pelo mais barato. Só assim fica possível”, diz a professora Ribeiro.


 


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