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Acre tem redução de 57% nos casos de HIV em 2020 por causa da pandemia de Covid-19, diz Saúde


O Acre apresentou uma redução de 57% no registro de novos casos do Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV), comparando os dados registrados entre o ano de 2019, quando foram 262 novos casos, e de janeiro a novembro de 2020, quando o registro chegou a 112.


Os dados foram repassados pelo Núcleo Estadual de Infecções Sexualmente Transmissíveis da Secretaria de Saúde do Acre (Sesacre), por meio de levantamento feito pelo Sinan. São 150 casos a menos que o ano passado.


A coordenadora do núcleo, Suilane Meire, afirma que a redução se deu devido à pandemia de Covid-19 que trouxe esse impacto em todo o país.


“Essa redução foi identificada em nível nacional, justamente por conta da pandemia. Primeiro porque as unidades de saúde e os municípios não puderam mais realizar ações extra muros. Além de diminuir bruscamente as atividades, as pessoas procuraram menos as unidades de saúde para fazer testes rápido”, explica.


As atividades que ficaram prejudicadas, de acordo com Suilane, foram aquelas pontuais em períodos de campanha específica, ações em escolas, empresas, campanhas nas ruas de testagem rápida, e de aconselhamento.


“Então, com certeza, esse impacto que a gente verifica, é por conta da Covid-19. É uma diferença bem acentuada, não tem como não ser vista. Lembrando que a gente ainda não fechou o ano, e ainda temos um mês inteiro pela frente”, acrescenta.


Ao todo, o Acre tem 1.347 casos da doença, segundo balanço dos últimos seis anos, contabilizando desde 2015 até 2020.


Ações


Nesta terça-feira (1º) é o Dia Mundial de Luta contra Aids. A data é celebrada com o objetivo de conscientizar sobre as medidas preventivas e o tratamento da doença. A Sesacre iniciou uma série de atividades para orientar a população, por meio de rodas de conversas virtuais.


“São atividades bem específicas do que vem sendo trabalhado nesse período de pandemia. É muito complicado a gente trabalhar qualquer ação extra muro, porque a gente está passando por esse momento de contaminação do coronavírus e estamos seguindo o padrão de todos os estados, com atividades on-line”, explica.


Suilane disse que durante a semana vão ocorrer diversas atividades on-line com abordagem de temas que vão discutir desde à descoberta da doença, reação, prevenção e tratamento com especialistas que vão falar sobre o assunto em rodas de conversa, que vão discutir ainda sobre saúde mental e cuidado em rede, acolhimento, novos olhares sobre HIV nas escolas, testagem rápida e auto teste.


Aids e HIV


A Aids é a manifestação sintomática do Vírus da Imunodeficiência Adquirida (HIV) e, portanto, só aparece quando ele não é controlado. O que ocorre é uma queda no sistema imunológico, que fica vulnerável a doenças oportunistas, como pneumonia e tuberculose.


Até os anos 1990, casos de infecção pelo vírus eram descobertos somente quando as pessoas já haviam atingido o estágio da Aids. Naquela época, o Brasil ainda estava em fase de descoberta do vírus e desenvolvia as primeiras formas de tratamento. Atualmente, com a detecção precoce do HIV, o número de casos de Aids tende a ser cada vez menor.


Outro ponto importante é que a principal forma de transmissão do HIV é o sexo sem preservativo. Qualquer relação sexual desprotegida, seja homossexual ou heterossexual, está suscetível à contaminação pelo vírus.


Outra forma de infecção é o contato com o sangue infectado. A gestante com HIV também pode transmitir a doença para o filho durante a gravidez, no parto ou na amamentação com o leite materno infectado (transmissão vertical).


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