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Violência faz jovens do sexo masculino acreanos terem 4,6 vezes mais chances de morrer que as mulheres


Em 2019, um homem acreano de 20 anos tinha 4,6 vezes mais chance de não completar os 25 anos do que uma mulher do mesmo grupo de idade. Uma das causas mais claras desta constatação do IBGE é a violência, fatores externos que atuam sobre os jovens nessa faixa etária. Entre 15 e 34 anos que existe a maior disparidade entre a taxa de mortalidade da população masculina em relação à feminina. Este fenômeno pode ser explicado pela maior incidência dos óbitos por causas externas ou não naturais, que atingem com maior intensidade a população masculina. No Acre, em especial, a guerra das facções e o recrutamento de jovens para criminalidade explicam essa situação.


Quando se fiz que há uma geração em risco no estado, que o futuro pode ser comprometido, é essa a realidade. Recrutados como solados do tráfico, sem perspectiva de estudo ou trabalho, a violência é o destino de muitos jovens. Não por acaso, a taxa de desalentados, pessoas que não estudam nem trabalham, nessa faixa de idade aumento muito no estado com a pandemia e com a falta de alternativas de emprego e renda. É esse o caldo social para crescimento das cooptações para o crime, às vezes uma opção que se apresenta para esses jovens sem esperança.


Essa sobremortalidade masculina fica abaixo de 2,0 a partir dos 45 anos. Em 1940, a diferença não passava desse nível em nenhuma faixa etária.


A partir de meados dos anos 1980, no Brasil e a partir dos meados da primeira década dos anos 2.000 no Acre, as mortes associadas às causas externas ou não naturais, que incluem os homicídios, suicídios, acidentes e afogamentos, passaram a desempenhar um papel de destaque, de forma negativa, sobre a estrutura por idade das taxas de mortalidade, particularmente dos adultos jovens do sexo masculino.


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