Suspeito de matar adolescente de 17 anos com quatro tiros vai a júri popular no Acre


O réu Carlos Eduardo Paiva da Silva, acusado de matar a adolescente Kayra Vidal Lima, de 17 anos, em abril do ano passado em Rio Branco, vai a júri popular. A decisão de pronúncia é da juíza Luana Campos, da 1ª Vara do Tribunal do Júri e o julgamento ainda não foi marcado.


A adolescente foi assassinada com quatro tiros no dia 7 de abril do ano passado, na Rua Tarauacá, bairro Belo Jardim II, em Rio Branco. A polícia informou na época que Kayra foi morta após mudar do bairro Panorama para o Belo Jardim e receber ameaças de morte.


No dia do crime, dois homens chegaram no local procurando por Kayra e, ao identificar que ela estava dentro da casa, a conduziram para a área externa, onde efetuaram os disparos.


O G1 tentou entrar em contato com a advogada do acusado, mas até última atualização desta reportagem não obteve sucesso.


Silva foi preso mais de um ano depois do crime, no último dia 23 de abril, por agentes da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) e do Núcleo de Capturas (Necap), no Ramal da Zezé, que fica no bairro Belo Jardim.


O outro investigado na morte de Kayra foi morto durante uma tentativa de assalto dias depois do crime. Elias Justino foi morto quando um policial à paisana reagiu ao assalto e atirou.


No dia 23 de março, o Ministério Público ofereceu denúncia contra Silva pelo crime de homicídio qualificado por motivo torpe e recurso que dificultou a defesa da vítima e também por integrar organização criminosa.


Na decisão de pronúncia, a juíza afirmou que a motivação do crime não ficou totalmente clara, principalmente porque o acusado preferiu não relatar nada sobre os fatos. Ao final, a magistrada indeferiu o pedido de revogação da prisão preventiva feito pela defesa de Silva.


O delegado que investigou o caso, Martin Hessel, explicou na época da prisão que o inquérito do caso tinha sido concluído e que as investigações apontaram duas possíveis motivações para o crime.


“Uma foi trazida pelas testemunhas, que diz que quem matou era de uma facção, ela de outra e foi morar no bairro de uma outra facção. A outra diz que ela namorou com o adolescente que morreu [na tentativa de assalto], e ficou com outra pessoa. Mas, essa última é muita fraca e foi dada pelo autor. Para nós, a mais forte é essa de que ela era de outra facção”, afirmou.


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