O Ministério Público do Estado do Acre (MPAC) quer saber em que circunstâncias ocorreu a morte da detenta Jamilly Ferreira Barbosa, 39 anos, encontrada morta em uma das celas do presídio feminino da capital no último domingo, 22.
Presa por furto simples, Jamilly, que tinha problemas mentais, foi assassinada por duas colegas de cela. Ana Clara Freitas de Sá, de 23 anos, e Waldereis de Souza Nascimento, de 40 anos, confessaram ter cometido o homicídio porque Jamilly por ter problema mental “perturbava” muito. A vítima foi encontrada na cela em que cumpria pena degolada e com os pulsos cortados.
De acordo com o MPAC, as autoras do crime eram problemáticas. “O que o MPAC quer saber se era viável a presença das três, com o histórico de vida dessas três reeducandas estarem juntas na mesma cela. O Estado é responsável em garantir a vida de quem está sob sua custódia”, afirma o Promotor de Justiça Tales Tranin.
O representante do Ministério Público enviou uma recomendação ao Corregedor Administrativo do Instituto de Administração Penitenciária (IAPEN) para que Fábio Menezes da Silva que seja aberta uma sindicância que apure a morte de Jamilly.
O curioso é que por pouco a morte não foi evitado. Pelo histórico das confessas assassinas, o IAPEN já tinha pedido a transferência das duas para o Presídio de Cruzeiro do Sul, o que já tinha sido também concordado pelo Ministério Público. “O MP já tinha dado um parecer favorável, o juiz já tinha autorizado e aguardávamos apenas a autorização do juízo de Cruzeiro do Sul, já que não pode acontecer transferência sem essa anuência”, afirma Tranin.