A um dia da prescrição do processo, o senador José Serra (PSDB-SP) virou ontem (4) réu na Justiça Eleitoral de São Paulo, após ser acusado de receber R$ 5 milhões em caixa dois na campanha de 2014. A denúncia aponta crimes de falsidade ideológica eleitoral, corrupção e lavagem de dinheiro. A denúncia foi recebida pela justiça horas depois de o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), ter devolvido o caso para a primeira instância da Justiça.
Caso o magistrado não decidisse até o final do dia, Serra não responderia à ação, por ela ter excedido o prazo máximo para a análise do juiz. O documento foi assinado por Martin Vargas às 21h17.
De acordo com o jornal Folha de S. Paulo, a acusação aponta que o repasse teria sido feito por meio de uma estrutura financeira e societária montada por José Seripieri Filho, fundador da Qualicorp. O empresário também se tornou réu nesta quarta-feira.
Serra e Seripieri Filho foram alvos da Operação Paralelo 23, deflagrada pela Polícia Federal no final de julho. A PF e o Ministério Público Federal acusam Serra de ter recebido R$ 5 milhões em repasses divididos em três parcelas —duas de R$ 1 milhão e outra de R$ 3 milhões.