Assim como seu marido, a primeira-dama Michelle Bolsonaro não teve um bom desempenho como cabo eleitoral: nenhum dos quatro candidatos a vereador apoiados por ela foram eleitos. Michelle apoiou um ex-atleta, um ativista de movimento contra a corrupção, um militante pelos direitos de pessoas com deficiência e um “gay conservador”. Ela publicou propaganda dos candidatos nos destaques de seu perfil no Instagram, onde tem 2,1 milhões de seguidores.
O candidato mais conhecido foi o ex-ginasta Diego Hypolito (PSB), candidato no Rio de Janeiro. Diego se aproximou de Michelle desde o ano passado e já publicou fotos com a primeira-dama e com o presidente Jair Bolsonaro. Na disputa, contudo, o ex-atleta teve apenas 3.783 votos (foi o 202º mais votado na capital paulista).
No Rio de Janeiro, Michelle apoiou Anderson Bourner (Republicanos), integrante do movimento Nas Ruas, conhecido por manifestações em defesa da Operação Lava-Jato. Puxado pela votação de Carlos Bolsonaro, enteado da primeira-dama, o Republicanos elegeu sete vereadores na cidade, mas Bourner teve 1.053 votos (384º lugar geral) e não entrou no grupo. Foi a segunda vez que ele tentou o cargo: já havia disputado em 2016 pelo PSC, mas sem sucesso.
Defensora dos direitos de pessoas com deficiência física, a primeira-dama apoiou em Campina Grande (PB) um militante da área: Patrick Dorneles (PSD). Ele foi o 51º mais votado, com 1.163 votos, mas não conseguiu ser eleito. Em 2018 já havia concorrido a deputado federal pelo PSDB.
Em Fortaleza, Michelle apoiou Dom Lancellotti (Republicanos), que se define como um “gay conservador” e http://ecosdanoticia.net/wp-content/uploads/2023/02/carros-e1528290640439-1.jpgistra uma página chamada “Gays com Bolsonaro”. Ele teve 285 votos e foi o 613º mais votado na cidade.