À esquerda, Wemerson de Araújo, de 18 anos, e Wenderson Sores, à direita, foram mortos a golpes de facão — Foto: Arquivo pessoal
Os irmãos Guedes da Silva Feitosa, de 40 anos, e Jânio da Silva Feitosa, de 29, foram condenados juntos a mais de 95 anos de prisão pela morte dos primosWemerson de Araújo, de 18 anos, e Wenderson Soares, de 17.
Os dois foram mortos em janeiro de 2019 a golpes de facão e enxada, na Vila do Incra, em Porto Acre. Julgamento ocorreu no dia 10 de novembro, na Vara Criminal da cidade.
Araújo teve a cabeça arrancada com os golpes de facão. O adolescente de 17 anos também foi ferido pelos golpes e não resistiu, segundo relato da família à época. Uma terceira vítima, Antônio Carlos do Araújo, também foi levado para o Pronto-Socorro.
A decisão do júri foi pela condenação dos dois tanto pelo homicídio dos dois jovens quanto pela tentativa de homicídio. Guedes da Silva foi condenado a 40 anos e sete meses de prisão. Jânio Feitosa teve a pena somada em 54 anos de reclusão.
O G1 não conseguiu contato com a defesa, mas, na sentença consta que a defesa deixou registrado recurso de apelação, com prazo em aberto de cinco dias para o Ministério Público apresentar eventual recurso.
Relembre o caso
Na época do crime, a família contou que Araújo estava na rede com o filho, quando levou a primeira facada.
“Eles estavam em um velório e começou uma briga por causa de uma mulher lá. E nessa briga meu filho não estava, ele estava deitado nesse velório dentro de uma rede com o bebê dele dormindo. Ele acordou com a primeira facada, saiu da rede e correu, no que correu, deram uma enxadada na cabeça dele e ele já caiu na rua”, contou a mãe de Araújo, Maria Helena, na época.
Após a morte dos jovens, três casas ficaram destruídas depois de serem incendiadas. De acordo com a Polícia Militar, o motivo dos incêndios seria vingança da família dos jovens assassinados. A suspeita é de que familiares das vítimas teriam colocado fogo nas casas de parentes dos suspeitos. Segundo ele, ninguém ficou ferido com o incêndio.